Cinema e Argumento

Meu Nome Não é Johnny

Direção: Mauro Lima

Elenco: Selton Mello, Cléo Pires, Júlia Lemmertz, Eva Todor, Cássia Kiss, André Di Biasi.

Brasil, 2008, Drama, 113 minutos, 14 anos.

Sinopse: João Guilherme Estrella (Selton Mello) nasceu em uma família de classe média do Rio de Janeiro. Filho de um diretor do extinto Banco Nacional, ele cresceu no Jardim Botânico e frequentou os melhores colégios, tendo amigos entre as famílias mais influentes da cidade. Carismático e popular, João viveu intensamente os anos 80 e 90. Neste período, conheceu o universo das drogas, mesmo sem jamais pisar numa favela. Logo, tornou0se o maior vendedor de drogas do Rio de Janeiro, sendo preso em 1995. A partir de então, passou a frequentar o cotidiano do sistema carcerário brasileiro.

Até hoje não consigo entender toda a polêmica em volta do superestimado Tropa de Elite (que os fãs me perdoem, mas não vejo nada demais). Meu Nome Não é Johnny trata da mesma temática – o tráfico de drogas. Como eu não sou fã do filme de José Padilha, achei que o longa-metragem de Mauro Lima consegue fazer uma denúncia muito melhor e mais sincera. Mas, deixando de lado todo esse papo de drogas, esse filme (que é o primeiro brasileiro lançado esse ano) tem vários aspectos positivos que o tornam muito mais do que uma mera denúncia social.

O maior mérito, sem dúvida, é o sempre ótimo Selton Mello, que cada vez mais comprova ser um excelente ator – carismático e competente, sempre se encaixando muito bem em seus papéis. O filme é dele, que aproveita muito bem cada momento da produção. Quem faz seu par romântico é a linda Cléo Pires, em sua segunda incursão no cinema (sua primeira vez foi como a musa do péssimo Benjamim) e ela está ótima. As coadjuvantes Cássia Kiss e Júlia Lemmertz também realizam bons trabalhos.

Meu Nome Não é Johnny conta com cenas em Barcelona e Veneza, cenas em que o roteiro fica muito divertido, com um humor totalmente agradável. Falando em roteiro, ele é um pouco óbvio e pouco ousado, parecendo uma versão de Scarface, somente narrando a ascenção de um homem no mundo das drogas, mas foge de qualquer esquema de filmes banais feitos pela Globo Filmes. Um poco longo (fica particularmente desinteressante nos momentos finais), o filme conseguiu me surpreender. Não é nada comercial e consegue ter personalidade própria. Um achado do cinema brasileiro.

FILME: 7.5

3

Globo de Ouro

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Melhor Filme Dramático

Desejo e Reparação

Minha aposta: Desejo e Reparação

Certamente um prêmio bem previsível, apesar da grande incerteza por causa dos sete indicados na categoria. Pra quê tantos se venceu o mais óbvio? Ao mesmo tempo em que gostei da vitória de Desejo e Reparação, odie. Adorei pelo fato de que o filme merece mesmo o título e odiei porque faz três anos que o filme que vence o Globo de Filme Dramático perde o Oscar principal (caso de O Aviador, O Segredo de Brokeback Mountain e Babel). Estranhamente, não consigo ver outro vencedor na categoria principal da Academia além de ”Desejo”, nem mesmo Onde Os Fracos Não Têm Vez, que parece ser cult e que já está cantando vitória cedo demais.

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Melhor Filme Comédia/Musical

Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Minha aposta: Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Alguém se surpreendeu com essa premiação? Eu, que gostei muito da seleção (principalmente por incluir o meu queridinho Hairspray – Em Busca da Fama) não fiquei nem um pouco desapontado com a vitória do filme de Tim Burton, que andava muito apagado nas premiações e parecia não ter forças para o Oscar. Agora, com essa importanta vitória em seu currículo, o gótico musical vai cheio de moral para as outras premiações. E Jogos do Poder, hein?! Decepcionou total! Nem aqui venceu. Pode dar adeus às outras premiações.

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Melhor Diretor

Julian Schnabel, por O Escafrando e a Borboleta

Minha aposta: Ridley Scott, por O Gângster

Foi o prêmio que mais me surpreendeu. Eu esperava a consagração de Tim Burton e, principalmente, de Ridley Scott. Com esse prêmio, O Escafrando e a Borboleta ganha ainda mais forças para BAFTA e Oscar. Se o prêmio foi merecido, não sei dizer. Não foi uma surpresa que me agrado, como só vi um candidato entre os concorrentes (Joe Wright, igualmente merecedor), deixarei a minha opinião sobre a vitória de Schnabel em aberto.

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Melhor Atriz Comédia/Musical

Marion Cotillard, por Piaf – Um Hino Ao Amor

Minha aposta: Marion Cotillard, por Piaf – Um Hino Ao Amor

Ainda que uma vitória injusta sob as outras concorrentes (elas sim, verdadeiras “comédia/musical”), Marion mereceu incontestavelmente. Foi quem eu mais senti falta de ver subindo no palco e recebendo o prêmio, nessa boba ausência da festa – é, eu não apóio a greve dos roteiristas. Mesmo ela tendo contra ela o fato de que é uma estrangeira, acredito cada vez mais que ela ganhá o Oscar (mesmo com a Julie Chirstie no caminho, que já tem uma estatueta em casa), até porque a Academia anda premiando há um bom tempo os atores que encarnam pessoas reais. E, sem sombra de dúvida, ela merece, pois estava assustadoramente perfeita em Piaf – Um Hino Ao Amor.

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Melhor Ator Comédia/Musical

Johnny Depp, por Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Minha aposta: Johnny Depp, por Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Nossa, eu fiquei imensamente contente com esse prêmio. Foi ótimo ver Johnny Depp ganhando um prêmio de alto nível. Ver ganhando não né, porque perdemos essa oportunidade. Mesmo sem ter visto o seu trabalho, creio que ele era o vencedor mais óbvio da lista e também o mais merecedor. Concorrendo com tantos veteranos na corrida ao Oscar (Denzel Washington, Daniel Day-Lewis, etc), será também a vez dele de conseguir o prêmio máximo do cinema que tanto merece? Olha, começo a acreditar que sim.

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Melhor Atriz Dramática

Julie Christie, por Longe Dela

Minha aposta: Julie Christie, por Longe Dela

Outro prêmio mais do que previsível e que dá total sinal verde para que Julie Christie chegue ao Oscar. Levando-se em conta o favorecimento de seu papel (a Academia adora papéis de velhinhos doentes), Christie com certeza chegará lá, ainda que pouco seja falado de seu filme, que ainda nem tem data marcada para chegar aqui no Brasil. Também era óbvia essa premiação na medida em que as outras concorrentes não estavam em filmes e atuações tão elogiadas quanto a dela, sem contar as produções fracassadas de Valente e Elizabeth – A Era de Ouro.

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Melhor Ator Dramático

Daniel Day-Lewis, por Sangue Negro

Minha aposta: George Clooney, por Conduta de Risco

Por mais que eu não tenha acertado o vencedor na minha aposta principal nem no meu alternativo (Denzel Washington, por O Gângster), não fiquei nem um pouco surpreso com a vitória de Daniel Day-Lewis, que é óbvia até. Eu só não levava muita fé nele porque o filme não foi muito bem recepcionado ultimamente pelas premiações. Day-Lewis não deve levar o Oscar, porque já tem a estatueta em casa, mas certamente será indicado, pois sem dúvida alguma é um ator muito competente que parece arrasar em Sangue Negro, de um diretor igualmente ótimo.

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Melhor Atriz Coadjuvante

Cate Blanchett, por Não Estou Lá

Minha aposta: Amy Ryan, por Medo da Verdade

Cate Blanchett? Sério? Claro que a atuação dela foi muito comentada e incrivelmente elogiada, mas não pensei que ela fosse passar da indicação, principalmente em um prêmio tão importante como o Globo de Ouro. Depois que acabei me lembrando que o Globo não havia premiado a atriz por O Aviador, então aqui deve ter um certo pedido de desculpas misturado com possível merecimento. Talvez tenha sido loucura minha apostar na Amy Ryan (que agora parece ter que dar adeus aos próximos decisivos prêmios), mas eu achava que ela tinha grandes chances.

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Melhor Ator Coadjuvante

Javier Bardem, por Onde Os Fracos Não Têm Vez

Minha aposta: Casey Affleck, por O Assassinato de Jesse James

Eu não quis apostar na vitória óbvia do Javier Bardem e acabei errando. Provavelmente ele esteja caminhando para um Oscar. Se depender do trailer de Onde Os Fracos Não Têm Vez, teremos uma atuação perturbadora e marcante. Uma categoria sem surpresas e pra lá de previsível.

***sem comentários de categorias técnicas***

Ous outros vencedores com minhas respectivas apostas:

Melhor Canção Original: ”Guaranteed” (Na Natureza Selvagem), minha aposta: ”That’s How You Know” (Encantada)

Melhor Roteiro: “Onde Os Fracos Não Têm Vez”, minha aposta: ”Desejo e Reparação”

Melhor Trilha Sonora: ”Desejo e Reparação”, minha aposta: ”Desejo e Reparação

Melhor Animação: ”Ratatouille”, minha aposta: ”Ratatouille”

O Amor Nos Tempos do Cólera

Direção: Mike Newell

Elenco: Javier Bardem, Giovanna Mezzogiorno, Fernanda Montenegro, Catalina Sandino Moreno, Benjamim Bratt, Liev Schreiber, John Leguizamo

Love In The Time Of Cholera, EUA, 2007, Drama, 145 minutos, 14 anos.

Sinopse: Florentino Ariza (Javier Bardem), ainda jovem, se apaixonou perdidamente por Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno). Entretanto, como Florentino apenas trabalha numa agência dos Correios, ele não é visto como um bom partido por Lorenzo Daza (John Leguizamo), pai de Fermina. Florentino pede Firmina em casamento, e ela aceita. Ao saber disso, Lorenzo a envia para a fazenda de sua prima Hildebranda Sanchez (Catalina Sandino Moreno), onde fica alguns anos. Florentino aguarda o retorno de sua amada, mas, quando a reencontra, ela diz que nada quer com ele.

O amor é algo muito complicado nos dias de hoje. Perdeu-se todo aquele encanto dessas histórias que, hoje, para a maioria, são motivos de risadas e decoches. Saí da sessão me perguntando se o público atual ainda tem coração pra assistir histórias como essa de O Amor Nos Tempos do Cólera, sobre uma intensa paixão que atravessa vários anos e nunca se acaba. Alguns entrarão de cabeça, outros nem tanto. Fui um daqueles que não conseguiu se cativar com a história, mas não por causa do tema já batido ou porque não tenho um espírito romântico dentro de mim, mas porque faltou mais emoção e intensidade na história.

Baseado em livro de mesmo nome, de Gabriel García Marquez, O Amor Nos Tempos de Cólera é um filme completamente latino que seria mais verdadeiro e sincero se não fosse dirigido por um diretor completamente… inglês. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original (a chata Despedida, interpretada por Shakira), o filme sofre do mal de não conseguir transmitir muito sentimento. Pela sinopse, era de se imaginar que seria uma produção melosa, mas o fato é que O Amor Nos Tempos de Cólera só consegue criar uma verdadeira história de amor no início e no final, enquanto durante todo o seu desenvolvimento não trabalha bem a paixão entre os personagens principais que, na maioria do tempo, parece não existir.

A escolha do elenco não é muito acertada – John Leguizamo está terrível e caricato, mas alguns atores tem grande valor para o bom funcionamento de tudo. Javier Bardem (que apesar de parecer um débil mental em certos momentos, está ótimo) e a desconhecida Giovanna Mezzogiorno são os únicos que trazem grandes dimensões para seus personagens. O público brasileiro deve se contentar com a pequena participação de Fernanda Montenegro, que aproveita bem o espaço que lhe foi dado.

Desnecessariamente longo, O Amor Nos Tempos de Cólera é correto em excesso, por mais que seja produzido por mãos competentes. Mas, o fato foi que algo se perdeu na adaptação. Como podemos ver, é um absurdo que a história seja falada em inglês, sendo que sua origem não é essa. Não achei o resultado do filme satisfatório, mas ao menos não é uma produção ruim, muito pelo contrário. Só faltou algo a mais na produção. Talvez paixão pelo livro do escritor. No entanto, deve satisfazer os menos críticos…

FILME: 6.5

3

Desejo e Reparação

Direção: Joe Wright

Elenco: James McAvoy, Keira Knightley, Saoirse Ronan, Romola Garai, Vanessa Redgrave, Brenda Blethyn

Atonement, EUA, 2007, Drama, 135 minutos, 14 anos.

Sinopse: Em 1935, no dia mais quente do ano na Inglaterra, Briony Tallis (Saoirse Ronan) e sua família se reúnem num fim de semana na mansão familiar. O momento político é de tensão, por conta da segunda Guerra Mundial. Em meio ao calor opressivo, emergem antigos ressentimentos familiares. Briony, então, usa sua imaginação de escritora principante para acusar Robbie Turner, o filho do caseiro e amante de sua irmã mais velha, Cecilia (Keira Knightley), de um crime que não cometeu. A acusação destruiu o amor da irmã e alterou de forma dramática várias vidas.

Surpreendente. Foi essa a palavra que veio a minha cabeça logo que os créditos finais de Desejo e Reparação surgiram na tela. Não por causa do lindo final, mas porque fazia um bom tempo que eu não assistia um filme tão harmônico: contundente em sua parte técnica, preciso nas interpretações e brilhante em seu roteiro. É incrível como esse segundo filme do diretor Joe Wright tem muita cara de Oscar. Foi feito para vencer o prêmio da Academia, mas conseguiu esse feito de forma honesta, sem qualquer pretensão para premiações. O grande feito de Desejo e Reparação é conseguir trazer verossimilhança em todos os seus poros. Especialmente em seu elenco, que merece ser citado separadamente.

James McAvoy, o verdadeiro protagonista da história, já havia mostrado ser um ator muito competente com sua subestimada interpretação no ótimo O Último Rei da Escócia e aqui prova ser um ator de futuro em Hollywood. Keira Knightley (que sempre achei péssima e que nem sequer merecia ter concorrido ao Oscar em 2006 consegue aqui a melhor atuação de sua carreira, ainda que ofuscada pela personagem Briony. A Cecilia de Keira não é tão explorada como os demais personagens, mas ela faz um trabalho muito competente com o espaço que lhe é dado. Por mais que o casal seja ótimo, quem rouba completamente a cena é  personagem Briony, interpretada em três fases por Saoirse Ronan (impressionante), Romula Garai (escolha mais do que acertada) e Vanessa Redgrave (simplesmente impecável e emocionante).

A parte técnica, sem dúvida, também é impressionante. É incrível como a direção de arte de Desejo e Reparação conseguiu traduzir toda uma época da forma mais perfeita possível. Outro aspecto que também acaba impressionando é a trilha sonora do Dario Marianelli: inovadora, poderosa e utilizada na medida exata e uma das melhores dos últimos anos. A fotografia e os figurinos são igualmente bons. Também gostei bastante de ver o diretor Joe Wright muito amadurecido na direção, conduzindo tudo com muita habilidade.

O roteiro raramente erra, ficando apenas um pouco monótono quando se foca na guerra. Gostei particularmente dos momentos finais, onde  Vanessa Redgrave interpretou um dos momentos mais emocionantes dos últimos tempos, conseguindo emocionar e passar vários sentimentos para o espectador. Eu não esperava muita coisa de Desejo e Reparação, mas adorei ficar completamente surpreendido por esse lindo filme. Uma saga de amor, que durante vários momentos lembra diversos filmes, mas que tem uma identidade singular e que desde já acaba de se torna um longa imperdível.

FILME: 9.0

45

Conduta de Risco

Direção: Tony Gilroy

Elenco: George Clooney, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Sidney Pollack

Michael Clayton, EUA, 2007, Drama, 110 minutos, 12 anos.

Sinopse: Michael Clayton (George Clooney) trabalha em uma das maiores firmas de advocacia de Nova York, tendo como função limpar os nomes e os erros de seus clientes. Ele é o responsável por realizar o serviço sujo da firma Kenner, Bach & Ledeen, que tem Marty Bach (Sydney Pollack) como um de seus fundadores. Apesar de estar cansado e infeliz com o trabalho, Clayton não tem como deixar o emprego, já que o vício no jogo, seu divórcio e o fracasso em em negócio arriscado o deixaram repleto de dívidas. Quando Arthur Evans (Tom Wilkinson), o principal advogado da empresa, sofre um colapso e tenta sabotar todos os casos da U/North, uma empresa que é cliente da Kenner, Back & Ledeen, Clayton é enviado para solucionar o problema.

O roteirista Tony Gilroy ficou conhecido por seu trabalho no incrível O Ultimato Bourne e no péssimo O Advogado do Diabo. Agora, ele se lança na carreira diretor com esse Conduta de Risco, drama que já é forte concorrente para obter indicações ao Oscar, além de trazer a melhor interpretação da carreira de George Clooney. O estilo de contar a história do filme não é um dos mais atraentes (a típica investigação baseada em diálogos detalhados, contínuos e incessantes, onde cada momento é essencial para o entendimento completo da trama), mas sou obrigado a reconhecer o ótimo trabalho do elenco e alguns outros aspectos positivos que me fizeram sair satisfeito da sessão de Conduta de Risco.

Com uma fotografia escura e nebulosa (que contribue de forma excelente para o suspense da trama), Conduta de Risco prima por um ótimo elenco. A começar pelo protagonista George Clooney, cujo Oscar de coadjuvante por Syriana – A Indústria do Petróleo nem foi tão merecido, mas que está mais convicente do que nunca no melhor desempenho de sua vida. Os coadjuvante são igualmente ótimos: Tom Wilkinson brilha em todas suas cenas, ainda que seu papel seja um pouco estranho e limitado. Tilda Swinton tem sua competência habitual, principalmente na cena final com Clooney.  Ainda tem a presença do diretor Sidney Pollack (do injustiçado A Intérprete), nada mais que satisfatório.

Quem for assistir Conduta de Risco deve ter em mente que não é um filme nada fácil: exige completa dedicação e atenção do cinéfilo que, se piscar o olho, já perde vários detalhes da história. O roteiro é conduzido de forma interessante, mesmo que os rumos, às vezes, sejam tomados rápidos demais. Não é uma narrativa que particularmente me agrada e é bem restrito para um público mais amplo (várias pessoas abandonaram o filme, na minha sessão, antes mesmo dele chegar na metade). A trilha sonora de James Newton Howard podia ser mais bem utilizada, pois tem pouca presença. No final das contas, gostei do resultado de Conduta de Risco. Só não gosto tanto como a maioria porque não é um gênero que aprecio.

FILME: 8.0


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