Em um filme de guerra onde o inimigo jamais é visto, parece lógico que a parte técnica também dê conta de construir a inevitável tensão que uma opção narrativa como essa proporciona. E Christopher Nolan, que é muito melhor diretor do que roteirista, maximiza os sentidos de Dunkirk justamente para abraçar o medo, a imprevisibilidade e a paranoia de uma ameaça invisível. Premiado no Oscar 2018, o quinteto formado por Alex Gibson, Gary Rizzo, Gregg Landaker, Mark Weingarten e Richard King transforma a mixagem e a edição de som em ferramentas primordiais para jogar o espectador no centro de toda a ação. E o melhor: tanto na mais sofisticada sala de cinema quanto em qualquer tela, essa grandiosidade do trabalho de som pode ser percebida e apreciada. Ainda disputavam a categoria: Até o Último Homem, Blade Runner 2049, Em Ritmo de Fuga e La La Land: Cantando Estações.
EM ANOS ANTERIORES: 2016 – Ponto Zero | 2015 – Mad Max: Estrada da Fúria | 2014 – Até o Fim | 2013 – Gravidade | 2012 – 007 – Operação Skyfall | 2011 – Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 | 2010 – Tron: O Legado | 2009 – Avatar | 2008 – WALL-E | 2007 – O Ultimato Bourne
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Concordo com sua escolha. O trabalho de som em “Dunkirk” é sensacional!
Kamila, único vencedor possível nessa categoria. Trabalho de mestre!