Colosso técnico como poucas vezes vimos em um filme de natureza blockbuster, Blade Runner 2049 fez valer cada um dos 150 milhões de dólares investidos em sua produção. Você pode dizer que o dinheiro corre solto em longas ambiciosos do ponto de vista comercial como esse, mas aqui há a diferença crucial de que todos os setores técnicos, muito além da qualidade, foram milimetricamente pensados para construir um universo com inteligência e sofisticação. No design de produção assinado por Dennis Gassner, profissional com longa e respeitada trajetória em filmes como O Show de Truman, Estrada Para a Perdição e Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas, a visão futurística está intimamente associada à tese de que a tecnologia, mesmo que grandiosa e tão enraizada em nossas vidas, pode nos tornar pequenos, solitários e distantes. Parece existir, em cada cenário de dimensão magnífica e em cada decoração impactante de Blade Runner 2049, algum tipo de desolação, ideia que não deixa até de ser um tanto clichê, mas que é desenhada com um impacto poucas vezes visto no cinema recente do gênero. Ainda disputavam a categoria: A Bela e a Fera, A Criada, O Estranho Que Nós Amamos e La La Land: Cantando Estações.
EM ANOS ANTERIORES: 2016 – Animais Fantásticos e Onde Habitam | 2015 – Expresso do Amanhã | 2014 – O Grande Hotel Budapeste | 2013 – Anna Karenina | 2012 – A Invenção de Hugo Cabret | 2011 – Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 | 2010 – O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus | 2009 – O Curioso Caso de Benjamin Button | 2008 – Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet | 2007 – Maria Antonieta
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