Na pele de um jovem que se vê obrigado a equilibrar a vida de adolescente com a repentina e dolorosa morte do pai, Lucas Hedges desponta como uma grande revelação no poderoso Manchester à Beira-Mar, que chegou a lhe render uma indicação ao Oscar de ator coadjuvante. Considerando somente o roteiro, ele já é beneficiado por um texto que não coloca seu personagem como o mero adolescente alheio ao mundo que desmorona à sua volta, mas, tratando-se de interpretação, o garoto é mesmo de alto calibre: basta revisitar a cena em que ele explode de forma inesperada apenas ao abrir uma geladeira para captar seu inegável talento. Recentemente visto em Três Anúncios Para Um Crime e Lady Bird: A Hora de Voar, Hedges, ao que tudo indica, deve seguir uma carreira promissora se levarmos em conta os projetos bem sucedidos de sua carreira até aqui, mas não vamos nos enganar: anterior a isso, o que o vemos fazer em Manchester à Beira-Mar é o suficiente para atestarmos a promessa. Afinal, não é todo jovem ator que administra tão bem as camadas de um drama pesadíssimo como o de Kenneth Lonergan. Ainda disputavam a categoria: Jeff Bridges (A Qualquer Custo), Mahershala Ali (Moonlight: Sob a Luz do Luar), Matthias Schoenaerts (Um Mergulho no Passado) e Patrick Stewart (Logan).
EM ANOS ANTERIORES: 2016 – Steve Carell (A Grande Aposta) | 2015 – Edward Norton (Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)) | 2014 – Jared Leto (Clube de Compras Dallas) | 2013 – Philip Seymour Hoffman (O Mestre) | 2012 – Nick Nolte (Guerreiro) | 2011 – Alan Rickman (Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2) | 2010 – Michael Douglas (Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme) | 2009 – Christoph Waltz (Bastados Inglórios) | 2008 – Javier Bardem (Onde os Fracos Não Têm Vez) | 2007 – Casey Affleck (O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford)
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