Nadia Stacey foi surpreendida pelo diretor Yorgos Lanthimos quando ele descartou a pesquisa histórica realizada por ela e afirmou que seu objetivo não era rodar um filme de época parecido com tantos, mas sim fazer algo completamente autêntico, a serviço da história e dos personagens. Nadia entendeu o recado: ainda que fiel à identidade da época retratada pelo roteiro, sua proposta foi explorar possibilidades fora da curva dentro de um universo particular. A base dessa transgressão está no claro contraste de caracterização entre figuras masculinas e femininas. Enquanto Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz usam o mínimo possível de maquiagem para ressaltar a transparência das mulheres, os homens surgem com perucas montanhosas e cores espalhafatosas, evidenciando a personalidade infantil e imatura de personagens masculinos que vivem pelo poder e pelas aparências. É um belo exemplo de como Nadia Stacey abraça a carta branca para escantear a caretice tão habitual de filmes de época, conceito que permeia A Favorita como um todo. Ainda disputavam a categoria: Hebe – A Estrela do Brasil, O Irlandês, Rocketman e A Vida Invisível.
EM ANOS ANTERIORES: 2018 – Pantera Negra | 2017 – Blade Runner 2049 | 2016 – Ave, César! | 2015 – Mad Max: Estrada da Fúria | 2014 – O Grande Hotel Budapeste | 2013 – A Morte do Demônio | 2012 – A Dama de Ferro (primeiro ano da categoria)
Concordo com a sua escolha de vencedor para esta categoria, uma vez que o trabalho de maquiagem e de penteados de “A Favorita”, realmente, chama muito a atenção.