
A foto é do prêmio por O Leitor em 2009, mas Kate Winslet já era antiga conhecida do BAFTA: em 1996, ela faturou a estatueta de atriz coadjuvante por Razão e Sensibilidade
Na próxima sexta-feira (09), vamos conhecer os indicados ao BAFTA, a premiação mais autêntica do circuito e coincidentemente uma das mais justas e surpreendentes desde sempre. Excetuando alguns bairrismos realmente exacerbados (qual a necessidade de indicar Judi Dench como coadjuvante por Sete Dias Com Marilyn?), o BAFTA volta e meia surpreende com suas seleções. Ano passado, fizemos uma lista com 20 escolhas dos britânicos que os diferenciaram das outras premiações. Muita coisa ficou de fora, o que originou esta nova seleção com outros 15 tópicos referentes às boas inspirações BAFTA. Quem aí concorda com eles?
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– Em 2012, as duas francesas da temporada foram devidamente indicadas ao prêmio de melhor atriz: Emmanuelle Riva por Amor e Marion Cotillard por Ferrugem e Osso, com a primeira se saindo vitoriosa;
– 007 – Operação Skyfall foi levado a sério também nas interpretações. Merecidamente, não apenas Javier Bardem foi lembrado como coadjuvante mas também Judi Dench;
– Precisamos Falar Sobre o Kevin não é só Tilda Swinton. Em 2012, o filme também foi indicado nas categorias de melhor filme britânico e direção;
– Hailee Steinfeld coadjuvante em Bravura Indômita? Não para o BAFTA, que colocou a jovem no seu devido lugar como indicada a atriz principal;
– Lesley Manville tinha a melhor interpretação coadjuvante de 2011 por Mais Um Ano. E somente o BAFTA soube reconhecer a atriz, lembrada com uma merecida indicação;
– O Diabo Veste Prada foi outro filme levado a sério pelo BAFTA, com indicações para Emily Blunt como coadjuvante e Aline Brosh McKenna em roteiro adaptado (sem falar, claro de Meryl Streep, dos figurinos e de maquiagem/penteados);
– Paul Greengrass foi o melhor diretor com Vôo United 93 no ano em que Martin Scorsese faturava seu primeiro Oscar por Os Infiltrados;
– Uma ousadia bem-vinda: A Pele Que Habito foi o melhor filme estrangeiro no ano em que A Separação dominava todos os prêmios;
– O Jardineiro Fiel foi indicado a melhor filme e ainda venceu melhor montagem;
– Meryl Streep concorreu como coadjuvante por Sob o Domínio do Mal e como protagonista por As Horas;
– Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças faturou melhor montagem (e roteiro original, claro);
– A discussão envolvendo indicações a prêmios de Scarlett Johansson por Ela já é velha para o BAFTA. Em 2002, os votantes já tinham indicado um trabalho de voz ao prêmio de coadjuvante: Eddie Murphy, por Shrek;
– Frances McDormand está ótima em Fargo, mas a interpretação feminina daquele ano era Brenda Blethyn em Segredos e Mentiras, devidamente coroada no BAFTA;
– Antes mesmo de estourar com Titanic, Kate Winslet já tinha sido premiada no BAFTA: a primeira estatueta veio em 1996, por Razão e Sensibilidade;
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Clóvis, das grandes premiações, o BAFTA é certamente a minha favorita! Certamente tem suas injustiças, mas tem acertos que são exclusivos dos britânicos!
Kamila, tenho exatamente essa visão de que os britânicos estão à frente na hora de reconhecer o bom e diferente. Por isso é a minha premiação favorita!
Gosto muito do BAFTA, por ele ser um prêmio mais imprevisível e aberto que os demais. Me parece que os britânicos sempre estão à frente, no que diz respeito a reconhecer aquilo que é bom – e diferente. E eu gosto disso!
Depois do Online Film Critics Society, o BAFTA é a minha premiação favorita. Como toda premiação, eles nem sempre acertam (Jennifer Lawremce ganhando por Trapaça?!), mas no geral, gosto muito das suas escolhas. Das apontadas por você, aprovo particularmente:
“O Jardineiro Fiel” com dez indicações, inclusive a melhor filme e direção. É um dos meus filmes prediletos.
Hailee Steinfeld indicada a melhor atriz. Foi uma palhaçada ele ter sido indicada como coadjuvante em tantos prêmios.
“Precisamos Falar Sobre Kevin” recebendo todo o merecimento que lhe é devido.
Meryl Streep sendo lembrada por “As Horas”. Amo a atuação dela nesse filme.