You must pay for everything in this world, one way or another.
Direção: Joel e Ethan Coen
Elenco: Hailee Steinfeld, Jeff Bridges, Matt Damon, Josh Brolin, Barry Pepper, Paul Rae, Dakin Matthews, Roy Lee Jones, Bruce Green
True Grit, EUA, 2010, Western, 110 minutos
Sinopse: O pai de Mattie Ross (Hailee Steinfeld), de apenas 14 anos, foi assassinado a sangue frio por Tom Shaney (Josh Brolin). Em busca de vingança, ela resolve contratar um xerife beberrão, Reuben J. Cogburn (Jeff Bridges), para ir atrás dele. Inicialmente ele recusa a oferta, mas como precisa de dinheiro acaba aceitando. Mattie exige ir junto com Reuben, o que não lhe agrada. Para capturar Shaney eles precisam entrar em território indígena e encontrá-lo antes de La Boeuf (Matt Damon), um policial do Texas que está à sua procura devido ao assassinato de outro homem.
Os irmãos Coen nunca foram sujeitos fáceis. Controversos, sempre realizaram obras que dividem o público. Nem mesmo Fargo – Uma Comédia de Erros ou Onde os Fracos Não Têm Vez (filme que rendeu os prêmios de melhor filme e direção para os Coen no Oscar) conseguem ser unânimes. Reconhecidos há pouco tempo pelas premiações (sempre foram, de certa forma, esnobados), agora trabalham a pleno vapor e constantemente figuram entre as listas de melhores do ano. Se o monótono Um Homem Sério foi o exemplar dos Coen ano passado, agora é a vez de Bravura Indômita.
Livrando-se de metáforas, firulas e finais abruptos, os diretores criaram um longa-metragem plano e sem muitas variações. Simplicidade é a palavra-chave de Bravura Indômita, que narra uma história da forma mais correta possível, com o tradicional início, meio e fim bem definidos. Assim, Joel e Ethan Coen realizaram um filme não menos que acessível, onde o gênero Western está bem representado para aqueles que aprovam esse estilo. Não chega bem a ser uma homenagem, mas sim uma tentativa de retomar esse cinema que foi o mais esquecido com o passar dos anos.
Só é uma pena que Bravura Indômita não consiga atualizar o faroeste. O filme tem um clima muito antiquado, deixando a sensação de que foi produzido décadas atrás. Em certos casos, isso pode ser considerado nostalgia, mas não é o caso aqui. Aliado a isso, a jornada de Mattie (Hailee Steinfeld) raramente apresenta algum momento de emoção. Tensão ou dramas são quase inexistentes em Bravura Indômita, que só se preocupa com formalidades para construir o roteiro. É tudo muito seco, onde os personagens apenas dizem aquilo que estava no script.
O elenco tem pouco a fazer, especialmente Jeff Bridges, mais acomodado do que nunca. Vencedor recente do Oscar por Coração Louco, Bridges cai em uma ultrapassada caricatura do velho pinguço mal humorado. Cheio de sotaques e caretas, o ator não entrega uma interpretação genuína. A garota Steinfeld, mesmo não sendo uma grande revelação, entendeu o papel, construindo uma protagonista que desperta a nossa simpatia. Já Josh Brolin (com pouquíssimo tempo em cena) e Matt Damon ficam no básico.
Em suma, Bravura Indômita se beneficiaria muito mais caso tivesse uma direção menos seca e que se preocupasse em esmiuçar os sentimentos e as motivações da protagonista. Se o clima passado pelo longa já é ultrapassado, a falta de emoção só diminui as chances de Bravura Indômita ser uma experiência mais marcante. Do jeito que ficou, é um filme que assistimos sem muita empolgação e que, minutos após o seu final, nem permanece em nossa memória. Ou seja, é passageiro e sem qualquer aspecto realmente admirável.
FILME: 6.5
Kamila, sou totalmente contra o Oscar para Hailee Steinfeld! Além da indicação dela ser uma fraude completa, não sou tão fã da garotinha…
Kahlil, o filme foi exatamente aquilo que eu esperava.
Brenno, achei meio parado também. E o Jeff Bridges não merecia indicação a prêmio algum!
Achei muito sem ação. O mais fraco entre os 10 concorrentes. Jeff Bridges não me agradou, só vale mesmo pela ótima Haille Steinfeld.
entendo perfeitamente seu ponto de vista… mas eu adorei o filme… ainda esperava mais, mas gostei muito
http://filme-do-dia.blogspot.com/
Eu não sou a maior fã de westerns, então tenho certeza que isso afetou meu julgamento final sobre esta obra. O filme me conquistou a partir do terceiro – e último – ato. Achei lindo! E espero ver a Hailee Steinfeld e o Roger Deakins conquistando merecidos Oscars em breve!