
Cerimônia contou com participação online dos concorrentes. Foto: Cleiton Thiele/Pressphoto.
Foi sem público presencial no Palácio dos Festivais e com os concorrentes participando de forma remota que o 48 Festival de Cinema de Gramado anunciou, no final da tarde desta quarta-feira (23), os vencedores da tradicional Mostra Gaúcha de Curtas, promovida em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. E, pelo segundo ano consecutivo, uma produção da Universidade Federal de Pelotas leva o prêmio de melhor filme: o documentário Construção, de Leonardo da Rosa, também consagrado nas categorias de melhor direção e montagem. Outra produção de destaque na lista de vencedores foi Deserto Estrangeiro, de David Pretto, com os prêmios de melhor atriz para Isabél Zuaa, melhor ator para Mauro Soares e melhor fotografia para Luciana Baseggio. Equilibrada, a premiação laureou aqueles que de fato foram os melhores filmes de uma boa edição da mostra. Cada um a sua maneira, Construção e Deserto Estrangeiro desvelam mazelas importantes da nossa sociedade com com experimentação e pungência, seja na forma de um sólido documentário de natureza observacional ou nas particularidades de um drama que ganha traços de horror e suspense ao radiografar os traumas do colonialismo. O júri formado por Adriano Garret, Karla Holanda, Fernando Dias, Zezita Matos e Maria Abdalla acertou em cheio.
Confira abaixo a lista de vencedores:
MELHOR FILME: Construção, de Leonardo da Rosa
MELHOR DIREÇÃO: Leonardo da Rosa (Construção)
MELHOR ATRIZ: Isabél Zuaa (Deserto Estrangeiro)
MELHOR ATOR: Mauro Soares (Deserto Estrangeiro)
MELHOR ROTEIRO: Richard Tavares (Desencanto)
MELHOR FOTOGRAFIA: Luciana Baseggio (Deserto Estrangeiro)
MELHOR MONTAGEM: André Berzagui e Arthur Amaral (Construção)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: Alice Sperb e Thiago Dorsch (Sopa Noir)
MELHOR MÚSICA/TRILHA SONORA: Valmor Pedretti (Magnética)
MELHOR DESENHO DE SOM: Gabriel Portela (Letícia Monte Bonito 04)
MELHOR PRODUÇÃO EXECUTIVA: Matheus Heinz (Lacrimosa)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: O Que Pode Um Corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli
MELHOR FILME (JÚRI DA CRÍTICA): Fragmentos ao Vento 1945, de Ulisses Da Motta, com menção honrosa para Construção, de Leonardo da Rosa