Se o auge da vitalidade de um diretor experiente parecia ser Clint Eastwood aos 76 anos comandando dois ambiciosos dramas de guerra como A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima, George Miller veio com tudo para roubar tal título em 2015. Afinal, é embasbacante constatar que um longa tão grandioso, criativo, contemporâneo e visceral como Mad Max: Estrada da Fúria seja capitaneado por um diretor de mais de 70 anos que, nos últimos tempos, estava concentrado apenas em projetos menores e dedicados mais ao coração como O Óleo de Lorenzo, Happy Feet: O Pinguim e Babe – O Porquinho Atrapalhado na Cidade. Não é por Miller não ter perdido o tino para ação desde que realizou o último Mad Max em 1985 que Estrada da Fúria se firma desde já como um clássico contemporâneo, mas porque o diretor realmente revoluciona atrás das câmeras, repaginando o gênero, mostrando inteligência ao criar um universo próprio e regulando a ação como há muitos anos não testemunhávamos. Miller ainda inverte o jogo, fazendo o belo serviço de dar total protagonismo para as mulheres e provando que, mais do que se adaptar às novas tecnologias, diretores também precisam aprender a contribuir de forma conceitual para a indústria. Ainda disputavam a categoria: Alejandro González Iñárritu (Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)), Andrew Haigh (45 Anos), Anna Muylaert (Que Horas Ela Volta?) e Bennett Miller (Foxcatcher – Uma História Que Chocou o Mundo).
EM ANOS ANTERIORES: 2014 – David Fincher (Garota Exemplar) | 2013 – Alfonso Cuarón (Gravidade) | 2012 – Leos Carax (Holy Motors) | 2011 – Darren Aronofsky (Cisne Negro) | 2010 – Christopher Nolan (A Origem) | 2009 – Danny Boyle (Quem Quer Ser Um Milionário?) | 2008 – Paul Thomas Anderson (Sangue Negro) | 2007 – Alejandro González Iñárritu (Babel)