A Culpa é das Estrelas

I cannot tell you how thankful I am for our little infinity.

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Direção: Josh Boone

Roteiro: Michael H. Weber e Scott Neustadter, baseado no romance homônimo de John Green

Elenco: Shailene Woodley, Ansel Elgort, Laura Dern, Sam Trammell, Willem Dafoe, Nat Wolff, Lotte Verbeek, Ana Dela Cruz, Randy Kovitz, David Whalen, Milica Govich, Emily Peachey, Tim Hartman, Jean Brassard

The Fault in Our Stars, EUA, 2014, Drama, 126 minutos

Sinopse: Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro. (Adoro Cinema)

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Logo no primeiro momento de A Culpa é das Estrelas, a protagonista Hazel Grace (Shailene Woodley) afirma que existem várias maneiras de contar uma história triste – e que, na maioria das vezes, o esquema é sempre o mesmo: pessoas bonitas aprendendo lições de vida. Hazel, no entanto, faz questão de se desculpar e avisa que a sua história não será óbvia assim. Pouco eu sabia do bestseller que deu origem ao filme, a não ser que a história era um romance teen e que a menina tinha câncer. Por isso, fui fisgado por essa promessa inicial do filme que apontava para algo diferente e franco – o que muito me interessa. Mas, infelizmente, não é o que ocorre: A Culpa das Estrelas não cumpre a sua promessa e, mesmo sendo um sucesso literário e cinematográfico perfeitamente compreensível, fica bem perto de só entregar banalidades.

Não existe nada de muito novo nesse segundo longa-metragem de Josh Boone, especialmente porque a produção é um filme de viés mais comercial e em parte dirigido a adolescentes, o que faz com que diminuam as chances do diretor fazer algo realmente ousado. Também é por isso que, neste sentido, A Culpa é das Estrelas tem uma repercussão aceitável: existe emoção no filme; simplista, mas existe – e isto é o suficiente para agradar o grande público. Outro problema é que a história fala de câncer, mas o usa apenas como o grande empecilho na vida do casal. A doença não traz reflexões individuais ou sofrimentos relativos à vida em si, por exemplo; é unica e exclusivamente o que impede que o casal fique junto.

Voltando à promessa feita pela protagonista do filme, a teoria de que histórias tristes sempre são encenadas por pessoas bonitas é contraditoriamente aplicada aqui. Vejam o Gus de Ansel Elgort, que, se não é é o clássico galã teen de romances colegiais da Disney, é pelo menos o namorado idealizado, educado, romântico e de frases prontas. Já a Hazel Grace de Shailene Woodley de fato escapa de belezas fáceis, mas, novamente, é quase uma personagem sem defeitos, cujo único olhar dramático que paira em sua personalidade é o fato de não ser feliz com o seu mais novo amor em função do câncer. São pessoas gentis e sonhadoras, que não chegam nem a ter personalidades mais complexas ou difíceis, sendo ainda questionavelmente jovens demais para palavras e reflexões tão “bonitas”.

Todos têm suas vontades realizadas em A Culpa é das Estrelas (até mesmo uma viagem internacional em tempos de dificuldades financeiras na família!), os pais não têm outra função a não ser cuidar dos filhos (e que desperdício de Laura Dern!) e até mesmo o esconderijo que simboliza o horror nazista da vida de Anne Frank vira palco de um beijo romântico misteriosamente aplaudido por todos os visitantes do local. A trilha indie ajuda a dar o clima, e algumas coisas realmente se sobressaem, com destaque para Shailene Woodley, a atriz mais interessante de sua geração, que se diferencia totalmente do papel que desempenhou em Os Descendentes, tirando tudo de letra. Só que no geral A Culpa das Estrelas é mais do mesmo. Não é que o romance tivesse que ser a depressão de Uma Lição de Vida (estrelado por Emma Thompson e possivelmente o filme mais doloroso já realizado sobre câncer), mas que então fosse pelo menos franco e não prometesse logo na abertura algo que não seria capaz de cumprir. É feio mentir – ou simplesmente não conseguir julgar de longe a sua própria história.

5 comentários em “A Culpa é das Estrelas

  1. euuuuuuu adoreeeeei esse filme fiquei apaixonadaaaaaaaaaaa a noiteeee todaaaaaaaa meu namorado tinha saido ai fiquei na solidao ai fiquee batendo uma a noite todaaaa

  2. eu gostei do filme,pois um estava ajudando o outro e no final ele morre mais eu pensei que ela que morreria.

  3. Tenho curiosidade em ver o filme, embora a premissa me pareça bastante previsível. Sem querer, li na Internet um Spoiler do final do filme, mas confesso que não fiquei surpreendida, nada que já não me tivesse passado pela cabeça, porque só de ver o trailer dá para perceber que é uma história que puxa pela lagrimita. Vou aguardar e ver o filme em casa, de preferência sozinha, porque assim, se a lágrima vier, estarei longe de olhares indiscretoss.

  4. Não li o livro de John Green, mas acho que esse é aquele tipo de filme que conquista a gente, independente do fato da história ser clichê e manipuladora. Credito isso à excelente química entre Ansel Elgort e Shailene Woodley.

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