Uma das grandes alegrias de trabalhar com comunicação é estar sempre conhecendo novas pessoas. E melhor ainda quando existe uma identificação nesses novos contatos que se estabelecem. Foi assim com a Mariane Zendron, repórter do UOL que conheci em 2012 quando trabalhei pela primeira vez na assessoria de imprensa do Festival de Cinema de Gramado. Por isso, ela não poderia faltar aqui. E, sem mais delongas, coloco na íntegra a apresentação dela própria para esta seção. Na sequência, claro, fiquem com as escolhas dela! “Quando fui convidada para escrever no blog, decidi fazer uma escolha bastante pessoal. Não quis escolher três atuações que estão no trend topics do Twitter, mas sim que estivessem rondando meus pensamentos nos últimos tempos. Comecei a fazer um curso de história do cinema e nele fui apresentada à atriz sueca Harriet Anderson. Há pouco tempo, revi Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças por motivos pessoais e novamente fiquei sem ar com Jim Carrey. Por fim, decidi falar de Irandhir Santos, que me surpreendeu por dois anos consecutivos no Festival de Cinema de Gramado, com O Som ao Redor, em 2012, e Tatuagem, em 2013. Mas o filme retratado aqui é outro: Febre do Rato.
Harriet Anderson (Mônica e o Desejo)
A atuação de Anderson como Mônica no incrível filme de Bergman é impressionante. Como disse o crítico Inácio Araújo, ela não deixa dúvidas de que ela é a personagem que está na tela: uma menina moleca, que decide se aventurar com o namorado em um verão longe da cidade grande. Depois engravidar e perder a inocência da primeira parte do filme, a personagem é responsável por uma das cenas mais fortes e bonitas do cinema. Com um cigarro na mão, ela olha diretamente para a câmera como se dissesse: “Você não pode me julgar por minhas escolhas. Essa é minha vida”. A relação de Harriet com quem está do outro lado da tela é tão sincera que é impossível passar indiferente por ela.
Jim Carrey (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças)
Kate Winslet está brilhante, mas uma das coisas mais deliciosas de ver no filme é Carrey fazendo um papel dramático, bem diferente do que ele mostrou na maior parte da carreira. Seu personagem não é o cara mais extrovertido do mundo e o ator faz cada movimento sem ser caricato. Carrey convence até quando tem que fingir ser um bebezão que se esconde da mãe debaixo da mesa da cozinha. Michel Gondry acertou quando escalou o ator e acreditou que ele poderia surpreender.
Irandhir Santos (Febre do Rato)
Acho que, como a maioria dos brasileiros, vi Irandhir Santos pela primeira vez em ação em Tropa de Elite 2, como o Deputado Fraga. Depois me deparei com ele em O Som ao Redor e em seguida em Tatuagem, de Hilton Lacerda. Mas, recentemente, vi Febre do Rato para ver como ele tinha se saído e… uau! Achei impressionante sua atuação como o poeta marginalizado. No filme, o ator faz de um tudo, como protagonizar cenas tórridas de sexo em um tanque de água, declamar poesias e tirar a roupa em praça pública. O personagem é intenso e o ator consegue fazer com que o espectador o ame mesmo com todas suas peculiaridades.
Kamila, acho que a atuação do Jim Carrey sobrevive ao gostar ou não gostar do filme. Ele está maravilhoso!
Dos três filmes destacados pela Mariane, só conheço a atuação de Jim Carrey em “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, filme que considero ser um pouco superestimado, mas, sem dúvida, a atuação de Jim Carrey merece todos os elogios.
Ainda não conferi “Febre do Rato”, mas ouço muitos elogios a este filme.