Na coleção… Harry Potter e a Pedra Filosofal

Em 2001, começava uma das sagas mais importantes das últimas décadas. Harry Potter e a Pedra Filosofal foi o primeiro capítulo da história do jovem Harry Potter (Daniel Radcliffe), que, após a morte dos pais, foi criado a contragosto por seus tios e descobre ser um bruxo. E não um bruxo qualquer: um dos mais famosos por ter sobrevivido ao ataque do temido Voldemort quando bebê. O filme narra toda essa descoberta de Harry, sua ida à escola de magia de Hogwarts, a construção de um verdadeiro laço de amizade com pessoas que recém conheceu e, claro, uma minuciosa apresentação do mundo dos bruxos. Era o pontapé inicial de uma saga que, ao longo de 11 anos, acompanharia o seu público – e, principalmente, cresceria com ele. Dirigido por Chris Columbus, Harry Potter e a Pedra Filosofal foi certeiro ao apostar em um tom bastante infantil e leve, alcançando pleno êxito ao fazer a introdução do universo baseado no best seller da britânica J.K. Rowling.

Com os filmes seguintes (mais maduros e intensos), muito criticou-se o trabalho de Columbus. No entanto, o que deve ser levado em consideração é que, para o público de Harry Potter na época, o tom fantasioso e colorido foi fundamental para encantar toda uma geração e marcar a memória afetiva de milhões de fãs. E, nesse sentido, Harry Potter e a Pedra Filosofal é um filme totalmente Chris Columbus em sua essência – o que, repetindo, é muito válido para ao o início da saga: humor inofensivo, cenas previsíveis mas encantadoras, e lições de amizade e lealdade com frases prontas. Por isso, impossível rever o longa sem aquele sentimento de nostalgia e, principalmente, de que não temos mais clássicos infantis tão envolventes como A Pedra Filosofal. É, sem dúvida, um conjunto de acertos, desde o trio protagonista (todos ótimos) e o requintado grupo de coadjuvantes, que traz personificações impecáveis, como o eterno Alvo Dumbledore de Richard Harris, a Minerva McGonagall de Maggie Smith e o misterioso Severo Snape de Alan Rickman.

Indicado ao Oscar de melhor direção de arte, trilha sonora e figurino, Harry Potter e a Pedra Filosofal não teve como concorrer com os gigantes O Senhor dos Aneis – A Sociedade do AnelMoulin Rouge! – Amor em Vermelho, mas qualquer lembrança para a parte técnica do filme já é válida. O tema inesquecível de John Williams e o impressionante design de produção do longa são os pontos altos, contribuindo muito para todo o encantamento que provocou no público da época. Claro que se formos analisar A Pedra Filosofal com um olhar mais crítico, veremos que o roteiro de Steve Kloves segue uma cartilha muito clara: ele se utiliza de todos os elementos possíveis do livro de J.K. Rowling para tornar aquele universo o mais mágico possível, faz questão de elencar o maior número de personagens e não tem qualquer caráter mais autoral para não correr o risco de decepcionar os fãs na questão de adaptação. Só que esses detalhes só ficam mais evidentes para quem não tem um grande relacionamento com Harry Potter e não embarca por completo na proposta da saga. Ainda bem que não faço parte desse grupo.

FILME: 8.5

5 comentários em “Na coleção… Harry Potter e a Pedra Filosofal

  1. Rafael, é verdade: com o tempo, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” foi conquistando um espaço todo especial na memória dos fãs.

    Antonio, obrigado! =)

    Kamila, como eu disse no texto: para quem não tem um histórico de carinho com a história, acho que o resultado não deve ser encantador. Mas ainda bem que, depois, você passou a gostar mais da série!

    Luciana, é isso mesmo! Dá uma grande saudade, né? E fui perceber isso no final de “As Relíquias da Morte – Parte 2”, que me deu um baita aperto no coração!

  2. Filme muito bem feito, principamente quando relacionado à escolha dos personagens principais e coadjuvantes! Pode até ter seus errinhos, mas no conjunto, é um filme muito bom e divertido…
    Quem acompanhou (pelos livros ou pelos filmes) toda essa saga, sente um saudade enorme dessa época… Essa foto me lembra o início de tudo no cinema!

  3. Não tenho nenhum filme da série “Harry Potter” na minha coleção. E nem teria esse filme, pra ser bem sincera. Acho o Chris Columbus um diretor muito, mas muito fraco mesmo. Além de, nessa época, os atores mirins principais da franquia, todos, serem muito fracos. Ainda bem que os filmes dessa série, assim como os atores, foram crescendo e progredindo com o tempo.

  4. Hoje o filme possui bastante importância para os fãs da saga. É como abrir um livro de memórias, todas as nossas lembranças estão lá.

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