Continuações e mais continuações. Busca pela perfeição técnica. Spin-off de personagens. Tudo isso, em alguns (raros) casos, pode ser muito interessante, mas, de vez em quando, é extremamente satisfatório lembrar do passado, quando animações conquistavam simplesmente por sua simplicidade e ingenuidade. O Ursinho Pooh é um exemplo de como ainda precisamos de histórias assim. No ano em que até mesmo a Pixar se rendeu a continuações desnecessárias, Pooh e seus amigos conseguiram se destacar. O filme da dupla Stephen J. Anderson e Don Hall traz um delicioso sentimento nostálgico, remetendo todos, inclusive, a um estilo de infância que não existe mais. O Ursinho Pooh não tem pretensão alguma, é apenas uma ode ao passado, o que por si só já tornaria a experiência gratificante. O resultado é irresistível, sustentado por personagens carismáticos e por uma história idílica. Infelizmente, já não deve funcionar para o público infantil de hoje, que tem uma concepção completamente diferente sobre o que é uma boa animação. Pena, não é todo dia que vemos um trabalho tão sutil como esse. Que pelo menos, então, sirva como uma certa viagem ao tempo para os adolescentes e adultos de hoje.
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RIO
Colorido, cheio de vida e com personagens divertidíssimos, Rio pode até ser extremamente previsível em seu roteiro – mas, no final das contas, a impressão que fica é bem positiva. É de se lamentar que as premiações não embarcaram nessa animação agradável, que tem um visual digno de ser assistido com a melhor qualidade possível. Claro que o diretor Carlos Saldanha toma algumas liberdades hollywoodianas aqui, mostrando uma visão muito estrangeira do Brasil, mas nada que estrague esse filme simpático e que tem uma trilha sonora bastante eficiente (Real in Rio e Telling the World são as melhores).
ENROLADOS
A Disney ainda não perdeu o pique para histórias sobre princesas. Enrolados é uma prova disso. Ok, o filme está longe de se comparar aos clássicos filmes do gênero, mas faz um excelente trabalho ao recriar esse tipo de história que, atualmente, anda tão escasso. E não é apenas um bom trabalho só de roteiro, mas também de técnica – onde podemos destacar, facilmente, a bela cena da canção I See the Light. Só fica a dica: se puder, fuja da versão dublada. Primeiro pelas músicas de Alan Menken, que ficam muito melhores na versão original. E segundo pelo péssimo trabalho de Luciano Huck ao dar voz a um dos personagens principais.
EM ANOS ANTERIORES: 2010 – Mary & Max: Uma Amizade Diferente | 2009 – Up: Altas Aventuras
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Escolha do público:
1. Rio (42%, 21 votos)
2. Enrolados (40%, 20 votos)
3. O Ursinho Pooh (18%, 9 votos)
Acho que “Enrolados” perdeu bastante pelas distribuições apenas de cópias dubladas. Algo que me irritou bastante, geralmente não me incomodo com animações dubladas em português. Ainda assim é um belo filme. Gostei muito da vitória de “Ursinho Pooh”. É essa nostalgia que melhora mais o filme. Rio, não agradou muito. Meus dois favoritos do ano não estão presentes na sua lista. Abraço.
Ghuyer, achei “Rio” um filme bem divertido =)
Clóvis, o Luciano Huck atrapalhou mesmo!
Kamila, acho que você vai gostar de “O Ursinho Pooh”!
Como não assisti “O Ursinho Pooh”, votei em “Enrolados”.
Eu ainda não vi “Pooh”, reitero tudo o que você disse sobre “Rio” e o meu voto foi para “Enrolados”. Este último poderia ter me conquistado ainda mais se não fosse aquela dublagem horrorosa do Luciano Hulk.
Não vi Pooh, não gostei de Rio. Votaria em Enrolados.