Direção: Will Gluck
Elenco: Justin Timberlake, Mila Kunis, Patricia Clarkson, Woody Harrelson, Richard Jenkins, Jenna Elfman, Bryan Greenberg, Nolan Gould, Andy Samberg
Friends With Benefits, EUA, 2011, Comédia, 109 minutos
Sinopse: Jamie (Mila Kunis) é uma jovem recrutadora de Nova York que convence um cliente em potencial (Justin Timberlake) a deixar seu emprego em São Francisco para trás e aceitar um emprego na Big Apple. Apesar de haver uma atração mútua, ambos percebem que tudo de que eles estão fugindo é de um relacionamento e decidem se tornar amigos… com benefícios. É o arranjo perfeito – até que eles percebem que não há nada melhor do que estar amarrado.
Agora a moda é ser amigo e transar de vez em quando. Ninguém quer mais amor e tudo é uma inteligente (?) decisão para aproveitar muita diversão e não se machucar com relacionamentos. Anos atrás, essa poderia até ser uma proposta diferente. Hoje, já não basta apenas um filme sobre determinado assunto: se vemos um, também testemunharemos milhares de outros exemplares iguais a ele. Foi exatamente essa a proposta de longas como Amor e Outras Drogas e Sexo Sem Compromisso. Assim, não é nenhuma novidade ver Amizade Colorida chegando aos cinemas com mais dessa promissa de que não precisa existir amor para que uma simples relação sexual dê certo.
Bonito seria se isso existisse na prática. Porém, o que todos esses filmes ensinaram é que não existe sexo sem envolvimento emocional. Todos nós sabemos o que vai acontecer em histórias como a de Amizade Colorida. Só que, ao contrário do desnecessário e insosso filme protagonizado por Ahston Kutcher e Natalie Portman, esse encabeçado por Justin Timberlake e Mila Kunis consegue ser mais eficiente do que outros exemplares do gênero. Se Amor e Outras Drogas era longo demais trazendo de brinde choradeira de doença e Sexo Sem Compromisso era perdido em diversos aspectos, Amizade Colorida vem mostrar que pode existir dinâmica nessa premissa.
Os diferenciais começam pelo elenco de suporte. O filme de Will Gluck conta com dois ótimos atores: Patricia Clarkson e Richard Jenkins. A primeira está impagável num papel que é o que podemos chamar de caricato eficiente. O segundo, apesar de fazer sempre o papel de pai doente de protagonistas de comédia, é um ponto positivo. Já os atores principais, Justin Timberlake e Mila Kunis, podem até não ser espetaculares, mas se saem bem no que é exigido. Para quem procura uma dupla engraçada, eles estão ali. Para quem procura um filme com atores mais “à vontade”, os dois não se intimidam com a nudez – ao contrário de Sexo Sem Compromisso, que até nisso era uma propaganda enganosa.
Só que sempre existe um “mas” nesse tipo de filme. E esse “mas” sempre é o desenvolvimento. No dia que surgir alguma mente inteligente que consiga fazer um filme desviar de todos os clichês desse gênero, aplaudirei em pé. Qualquer espectador assiste Amizade Colorida e deduz sem qualquer dificuldade tudo o que vai acontecer. E, assim como tantos outros exemplares, o filme funciona até determinado ponto e, a partir do final, desanda em cenas completamente açucaradas. Lições de moral, romance, diálogos sentimentais… É sempre isso que tira a graça de filmes assim. E, se não fosse esse importante detalhe, Amizade Colorida poderia aproveitar melhor seus pontos positivos e ser muito mais do que realmente é. Como ficou, apenas mais do mesmo.
FILME: 6.5
Cleber, exatamente =/
Wally, achei “Sexo Sem Compromisso” MUITO inexpressivo. Nem a Natalie me conquistou…
Kamila, não precisa nem assistir ao trailer de filmes desse estilo pra saber o que acontece, né?
Adoro comédias românticas e só tenho uma ressalva a fazer em relação a este filme, uma vez que ainda não o vi: quem assistiu ao trailer dele parece que já sabe TUDO que vai acontecer na obra… rsrsrsrs
Acho que sou um dos únicos que achou Sexo sem Compromisso bem simpático, apesar de claramente problemático. Melhor até do que o melodrama que foi Amor e Outras Drogas. Esse Amizade Colorida parece ser mais do mesmo após dois filmes que bateram nas mesmas teclas.
Como eu pensei que seria: mais do mesmo.