Últimas Trilhas Sonoras

The Village, por James Newton Howard

Sou um grande defensor dessa maravilhosa obra de M. Night Shyamalan. Sei que o filme nutre ódio de bastante gente, mas se existe um fator do longa que em hipótese alguma merece ser criticado esse é a trilha sonora de James Newton Howard, que compôs aqui a sua melhor trilha. Misturando perfeitamente tensão e uma linda estética musical baseada nos solos da participação especial da violinista Hilary Hahn, Howard fez uma trilha de suspense que também pode ser classificada como uma trilha de drama (Will You Help Me? e What Are You Asking Me? são dois bons exemplos). O álbum foi indicado ao Oscar de melhor trilha sonora e não levou a estatueta. Uma pena a Academia não ter premiado o melhor momento de Howard.

Magnolia, por Aimee Mann

Aimee Mann conseguiu uma indicação ao Oscar pela sua bela canção Save Me. Contudo, todo o álbum de Magnólia é de uma beleza única, devido ao grande empenho de Aimee ao formular as canções. Assim como a música já citada, Wise Up é um outro excelente exemplo da competência do setor musical da obra-prima do diretor Paul Thomas Anderson. Um álbum memorável para se ouvir sempre que possível. Essa trilha foi sugestão da Kamila.

Le Fabuleux Destin D’Amélie Poulain, por Yann Tiersen

Depois de eu ter ouvido o maravilhoso trabalho de Yann Tiersen na trilha de Adeus, Lênin!, saí a procurar outros trabalhos do compositor e me deparei com a surpresa de que foi ele quem compôs a parte musical de O Fabuloso Destino De Amélie Poulain. Tudo bem, esse seu trabalho não alcança o brilhantismo das composições do filme alemão; contudo, Yann capturou todo o charme das típicas músicas francesa e inseriu no fabuloso mundo de Amélie Poulain. Ainda que repetitivo em algumas partes, o cd é altamente recomendável por causa de sua grande qualidade. Palmas para Tiersen.

The Dark Knight, por Hans Zimmer & James Newton Howard

Filme de ação não é de verdade se não tiver uma trilha sonora competente. Hans Zimmer e James Newton Howard – ambos grandes compositores, diga-se de passagem – trazem a melhor trilha do gênero dos últimos tempos com The Dark Knight. Se em Batman Begins eles já havia realizado um bom trabalho, conseguem ampliar tudo aquilo que já existia de bom nessa continuação de Christopher Nolan. Não é uma coletâne inesquecível, ou brilhante – é direta, efetiva e ajustada no filme. Se o tema do Coringa, Why So Serious?, poderia ter sido ao menos mais original, outras composições alcançam grande qualidade, como a estupenda Introduce a Little Anarchy (a melhor que já ouvi no gênero).

Donnie Darko, por Vários

Pensei que eu fosse gostar mais dessa trilha sonora (que inclui as músicas do longa mais as composições instrumentais de Michael Andrews), já que eu tinha adorado o resultado dela no longa-metragem. Ainda que eu não tenha apreciado tanto, não há dúvidas que é um trabalho muito satisfatório, especialmente na seleção das canções. A música de maior destaque é aquela que pontua a emoção do longa – Mad World, lindamente entoada por Gary Jules e que fica na memória durante um bom tempo. A trilha de Donnie Darko é cult e merece essa rotulação, mais que o filme. A trilha foi sugestão do Wally.

Eternal Sunshine Of The Spotless Mind, por Jon Brion

Não são apenas as canções de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças que fazem com que a trilha seja recomendável. Por mais que seja difícil resistir a Everybody’s Gotta Learn Sometimes (a música que pontua o momento mais emocionante do longa) e Light & Day (excelente!), as composições de Jon Brion também têm o seu valor. Elas refletem tudo aquilo que o filme é – diferente e inovador. O álbum, no geral, não é especial e a inspiração está presente em poucos momentos, mesmo assim estamos diante de um trabalho competente. Só não alcançou a qualidade que Michel Gondry conseguiu alcançar.

Half Light, por Brett Rosenberg

Desculpem-me aqueles qe gostam desse filme, mas eu acho que ele é uma completa porcaria. No entanto, é inegável a grande qualidade do setor musical do longa, supervisionado por Brett Rosenberg. A duração da trilha é um pouco exagerada e certas canções são repetitivas, mas os solos de piano (que sempre me conquistam) são irresistíveis, conseguindo manter uma boa linearidade na qualidade do álbum. Pena que esse bom trabalho tenha sido desperdiçado em um filme tão insatisfatório.

10 comentários em “Últimas Trilhas Sonoras

  1. Lucas, também adoro essa faixa… Mas é impossível escolher uma favorita.

    Pedro, sou grande fã da trilha de “The Dark Knight”.

    Kamila, eu queria ter o CD de “Magnólia” na minha estante haha.

    Red Dust, o trabalho do Tiersen é bom sim, mas eu ainda prefiro a trilha que ele fez para “Adeus, Lênin!”.

    Marcio, concordamos plenamente quando você diz que ninguém bate Philip Glass em trilhas sonoras. Ele é o meu compositor favorito e tem momentos lindíssimos de música. Podemos tomar como exemplo a trilha perfeita de “As Horas”. Mas, cadê o Oscar dele? :P

    Vinícius, as canções dos anos 80 me conquistaram mais que a composição instrumental de “Donnie Darko”.

    Ibertson, “Protegida Por Um Anjo” é horrível, mas a trilha é muito boa.

    Wally, de James Newton Howard prefiro “A Vila” mesmo :P

    Alex, podemos até concordar sobre a trilha, mas não sobre o filme hahaha.

  2. Matheus, a trilha instrumental de “Protegida Por Um Anjo” é uma das mais belas que os meus grandes e defeituosos ouvidos (ouço mais do lado esquerdo do que do direito, rs) já receberam como presentes. Ouço-a todos os dias, sem falta. Eu discordo de tudo aí escrito, desde as estrelas (mereciam todas as cinco), o que é dito sobre o filme (ele é bem razoável, mas longe de ser uma tragédia monumental) e a “duplicidade” das faixas e duração (repetição é o que Ennio Morricone fez em “Era Uma Vez na América” – e uma pena que as faixas não durem uma hora cada).

    Em relação das outras, concordo com o que o crítico Rodrigo Carreiro disse em seu site sobre “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (“uma trilha sonora chata, enfadonha, que faz muito barulho sem evocar qualquer emoção”) e sou fã da composição de Yann Tiersen para o filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Ah, e não posso me esquecer do que James Newton Howard fez por “A Vila”.

    Fora isso, bom fim de semana.

  3. Só não conferi a última e a de Amélie.

    Jás das outras, adoro todas.
    Em ordem:
    1.Donnie Darko
    2.Magnolia
    3.A Vila
    4.O Cavaleiro das Trevas
    5.Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças

    De James Newton Howard prefiro a épica composição de “Corpo Fechado”.

  4. Ótimos filmes, com exceção desse Protegida por um anjo, que dizem que é horrível. Os outros eu vi e posso dizer que são bons.
    Não escutei a trilha sonora deles, mas as músicas de Donnie Darko são ótimas.

  5. Das trilhas sonoras, já escutei três, sendo que apreciei o trabalho de “Brilho Eterno”, “A Vila” e “The Dark Knight” pelos filmes. As demais:

    5/5 MAGNÓLIA: Não há muito o que comentar sobre essa trilha, pois simplesmente é uma de minhas favoritas em todos os tempos. A idéia de chamar a Aimee Mann para essa área do longa foi excepecional. Escuto sempre que posso.

    4/5 AMÉLIE: Apesar do resultado não ser tão memorável, tem umas composições emocionantes do Yann Tiersen.

    5/5 DONNIE DARKO: Além do clima de tensão constante, vale por relembrar ótimas músicas dos anos 80 além da excelente versão para “Mad World”.

  6. Das trilhas atuais, a que me conquistou foi a de “Viajem a Darjeeeling”, tanto quanto o filme. Ali as músicas têm um peso fundamental no transcorrer da história. Excelente.
    A trilha de “Donnie Darko” segue quase o mesmo princípio. Só achei desnecessário trocar o tema de abertura na Versão do Diretor. “Killing Moon” funcionava bem melhor do que “Never Tear Us Apart”.
    “Magnólia” é uma boa trilha, mas para quem conhece os trabalhos de Aimee Mann sabe que trata-se de uma compilação de músicas já gravadas em outros momentos. “Wise Up”, p.e., é da trilha de “Jerry Maguire”. Mesmo assim, há composições originais também, como “Rent” e a indicada ao Oscar “Save Me”. Interessante notar que na trilha instrumental conta com a colaboração de Fiona Apple.
    O mesmo ocorre com a excelente trilha de “Gênio Indomável”, quase todo o repertório de Elliot Smitt escolhido aqui já se encontrava em trabalhos anteriores do cantor, com exceção da indicada ao Oscar “Miss Misery”.

    Agora, sobre trilhas sonoras originais, ninguém bate Philip Glass. Observe os trabalhos que ele tem feito para Woddy Allen, por exemplo. O que seria de “O Sonho de Cassandra” sem aquela trilha? Sem contar suas indicações ao Oscar pelos soberbos trabalhos em “Kundun”, “As Horas” e “Notas sobre um Escândalo”.
    Ah, é bom frisar que M. Night Shyamalan sempre escolhe sua equipe técnica muito bem. Dos fotógrafos aos mixadores, passando pelos compositores, o resultado técnico de seus filmes é sempre perfeito.

  7. Não conheço todas as músicas que apresentas, mas o trabalho de Yann Tiersen em ‘Amélie’ é de uma beleza exuberante. Muito bom.

    Abraço.

  8. Eu sou fã da trilha de “A Vila”. Adoro o trabalho que James Newton Howard fez neste filme.

    Que bom que gostou da trilha de “Magnólia”. Eu adoro este CD, que tenho e escuto sempre que posso!

  9. A meu gosto, Magnólia tem a melhor trilha. E, por incrível que pareça, não gostei da trilha de The Dark Knight.

    Abraço!!!

Deixar mensagem para Marcio_LG Cancelar resposta