Em todos os sentidos, “Simple Song #3” é uma canção impecável. Por si só, já seria uma ópera de arrepiar, mas, contextualizada em A Juventude, ganha um valor extremamente simbólico. É importante valorizar músicas narrativas porque essa é a melhor função que elas podem ter no cinema: complementar, sintetizar ou simplesmente traduzir histórias. E o diretor Paolo Sorrentino, que costuma prezar por esse diálogo em seus trabalhos, faz uma perfeita representação de tal ideia com a canção escrita por David Lang. Encerrando A Juventude, “Simple Song #3”, com beleza e elegância, dá o tom a um momento muito aguardado do filme. Sam Smith que me perdoe, mas todos os prêmios que ele recebeu com a tediosa “Writing’s on the Wall” para 007 Contra Spectre se tornam uma ofensa quando o perfeito tino cinematográfico de “Simples Song #3” entra na jogada. Ainda disputavam a categoria: “Canção da Metrópole” (Sinfonia da Necrópole), “None of Them Are You” (Anomalisa), “Still Falling for You” (O Bebê de Bridget Jones) e “Try Everything” (Zootopia – Essa Cidade é o Bicho).
EM ANOS ANTERIORES: 2015 – “Glory” (Selma: Uma Luta Pela Igualdade) | 2014 – “Let it Go” (Frozen – Uma Aventura Congelante) | 2013 – “Last Mile Home” (Álbum de Família) | 2012 – “Skyfall” (007 – Operação Skyfall) | 2011 – “Life’s a Happy Song” (Os Muppets) | 2010 – “Better Days” (Comer Rezar Amar) | 2009 – “By the Boab Tree” (Austrália) | 2008 – “Falling Slowly” (Apenas Uma Vez)
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Não entendi porquê “Try Everything” não entrou entre os finalistas ao Oscar e sequer apareceu nas outras premiações. :(
*por que
Hugo, Sia foi novamente roubada este ano! Além da indicação óbvia para “Try Everything”, poderia ter sido lembrada até por “Never Give Up”, de “Lion”.