Três atores, três filmes… com Luan Pires

luantresTem novidade aqui no blog! Sempre quis trazer amigos, colegas, leitores e conhecidos para participações especiais. E, com esse post, muito inspirado no tradicional Os Cinco Filmes Preferidos, do Cine Resenhas, abro oficialmente a seção Três atores, três filmes. O esquema é muito simples: dessa vez, a opinião não é minha, e sim de vocês! Semanalmente (vamos tentar!), convidamos alguém para escolher três atores e mencionar três filmes deles – seja em função de um desempenho marcante ou simplesmente pelas qualidades do filme. Quer participar voluntariamente? Então envia um email para mathpan@hotmail.com com seus comentários e uma foto pessoal! Dessa vez, quem abre os trabalhos é o meu amigo jornalista Luan Pires, com quem também tive o prazer de cursar faculdade e dividir, durante dois anos, a apresentação e produção do Sala de Cinema, um programa de rádio semanal sobre cinema. Muito do que sei sobre cinema também veio das trocas de opinião que tive com esse aí, que me aturou falando sobre cinema durante muito mais do que 60 edições do programa que apresentamos juntos! Eis as escolhas e os comentários do Luan:

Javier Bardem (Onde os Fracos Não Têm Vez)
Calafrio. Se eu fosse escolher uma palavra para a atuação de Javier Bardem em “Onde os Fracos Não Têm Vez” seria essa. Louco, sem ser bobo. Sádico, sem ser irreal. Cruel, sem parecer vazio. Bardem conseguiu conferir realidade a um personagem que não tem uma história para as suas ações. Sabemos quem ele é, mas não exatamente o porquê. E conferir veracidade a um ícone desses é trabalho de ator competente que, na sutileza de um olhar, oferece grandeza ao seu personagem.

Daniel de Oliveira (Cazuza – O Tempo Não Para)
A gente sente quando um ator se entrega a um personagem. E quando, nessa entrega, vai tudo: corpo e alma. Em Cazuza – O Tempo Não Para, Daniel de Oliveira se isolou para encontrar o tom da sua atuação e emagreceu drasticamente para compôr a fase terminal do cantor. A semelhança foi tanta que emocionou até quem conhecia Cazuza pessoalmente. Não foi uma imitação, foi uma recriação do espírito sem fronteiras de Cazuza até a sua degradação no final. E, por isso, merece palmas!

Clive Owen (Closer – Perto Demais)
O público mais desatento vai procurar um vilão para culpar, mas os personagens de Closer são todos vilões e todos mocinhos. E aquele que melhor abusa dessa contradição é Clive Owen e seu “homem das cavernas” chamado Larry. É impossível não odiá-lo e, ao mesmo tempo, admirá-lo pela racionalidade com que lida em relação às questões do amor. E oferecer complexidade a um personagem é trabalho de ator e roteiro. Se uma das pontas falha, o barco naufraga. O que não acontece em Closer e, muito menos, com Larry.

5 comentários em “Três atores, três filmes… com Luan Pires

  1. Kamila, valeu! =)

    Hugo, também concordei com as escolhas dele!

    Alex, há tempos que eu queria fazer uma seção assim no blog e o “Os Cinco Filmes Preferidos” teve papel fundamental na minha inspiração mesmo. Quanto ao Clive Owen é isso mesmo que você disse: ele nunca mais reprisou um papel tão intenso como o de “Closer”.

    Clóvis, o Luan acertou mesmo!

  2. Pô, adorei a seção. Feliz em saber que o modesto Os Cinco Filmes Preferidos o inspirou.

    Luan Pires foi muito feliz nas escolhas. Gosto demais das três interpretações comentadas, especialmente a do Clive Owen em “Closer – Perto Demais”, mostrando um talento que ele jamais pôde reprisar com a mesma intensidade em seus papéis posteriores (talvez apenas em “Confiar” e “Hemingway & Gellhorn”).

  3. Parabéns pela nova seção do blog! Gostei dos filmes e dos atores escolhidos pelo Luan. Bela estreia!

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: