Opinião – A verdade sobre Hanna Schmitz

Atenção! Se você ainda não assistiu o filme “O Leitor”, não continue a ler o texto, pois ele possui spoilers.

Não me recordo onde, mas li recentemente um texto que falava sobre o filme O Leitor e que debatia a seguinte questão: será que se Hanna Shmitz (Kate Winslet, soberba) soubesse ler, ela cometeria os crimes que cometeu durante o Holocausto? Pra começo de conversa, não é nem um pouco fácil interpretar a personagem de Kate Winslet. Alguns não a compreendem (minha avó, por exemplo, ficou indignada que a peronagem não admitiu que era analfabeta), outros acham que ela é digna de pena e uma outra parcela fica enojada de sua figura.

Conhecemos, no filme, pouco sobre a intimidade de Hanna Schmitz. São pouquíssimos os momentos em que vemos ela interagindo sozinha – na maioria das vezes, ela sempre está acompanhada do jovem Michael Berg (o ótimo David Kross). E é até por isso que eu considero a personagem coadjuvantes. De qualquer forma, se já é difícil entrar no mundo da figura de Hanna, imagina então compreender os atos que ela cometeu durante o Holocauso – assassinando centenas de mulheres ao mantê-las presas dentro de um incêndio em uma igreja – e as razões que a levaram a fazer isso.

Voltando a pergunta que fiz no início, não consigo dizer com certeza absoluta se Hanna teria ou não cometido aquelas barbáries. Se ela soubesse ler, talvez não tivesse que ter abandonado seu emprego por vergonha de ser analfabeta – assim, portanto, não teria aceitado o trabalho nos campos de concentração. Mas, aí vem outra pergunta: porque ela aceitou logo esse trabalho? Ela não sabia o que se passava ou estava a par e simplesmente simpatizava com os ideais do nazismo? Ela poderia ter escolhido um outro trabalho.

A crítica Isabela Boscov, da revista Veja, deu uma boa análise da situação: “É uma mulher bonita e jovem que, no entanto, é uma mulher gasta, que apanhou da vida. É uma mulher que passa dificuldades e que também cria dificuldades para ela mesma. Vive de uma maneira muito estranha e que o menino de 15 anos nunca seria capaz de entender. E, quando ele entende, ele fica enojado com o fato de ter se envolvido com uma mulher que ele achava maravilhosa e que, na verdade, era alguém muito diferente. Mas, o menino nunca vai conseguir, pro resto da vida, deixar de gostar dela como um indivíduo e nem de puni-la pelo que ela representa”.

A confusão em relação a personagem não estava somente na cabeça de Michael Berg. Eu, particularmente, não sei bem o que pensar dela. E eis que fica a dualidade da personagem: ela merece nossa compaixão ou a nossa repulsa? Afinal de contas, ela cometeu aqueles crimes consciente do que estava fazendo ou por que não tinha saída? É complicado entender a vergonha que ela sente por ser analfabeta. Mas, mais complicado ainda é entender como alguém se deixa a levar a extremos por causa de um segredo. Mas, como o próprio pôster pergunta, e você? How far would you go to protect a secret?

E aí, algum tema interessante que você gostaria de ver debatido aqui? Se sim, só colocar nos comentários =)

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Confira outras opiniões:

A culpa do Padre Flynn, em Dúvida

A escolha de Francesca, em As Pontes de Madison

O segredo da vila, em A Vila

50 comentários em “Opinião – A verdade sobre Hanna Schmitz

  1. O filme é excelente ! A grande questão filme é : Hanna e muitos alemães compactuaram com as barbaridades cometidas pelo Regime Nazista ? A resposta é sim. O Nazismo só foi possível pelo grande apoio das massas. Nos campos conscientemente muitos alemães sob o pretexto de estarem cumprindo ordens, levavam os judeus a morte, das formas mais cruéis possíveis. Hanna se mostra uma mulher fria e sem valores. Talvez tenha tido um passado ruim que a levou a toda sua trajetória de vida. Em um trecho do filme mostra que Hanna protegia meninas doentes e fracas nos campos de concentração e que possivelmente mantinha relações intimas com elas. assim como manteve com o “menino” de 15 anos. Nesse sentido, se mostrou uma a pessoa desvirtuada e perdida na vida e que de paraquedas serviu ao regime Nazista, não tendo qualquer compaixão das vítimas, talvez por ter uma vida medíocre se identificou com uma ideologia que pregava o ódio. Some-se a isso o analfabetismo e a solidão. Em resumo, Hanna tornou-se uma soldada perfeito para os campos de concentração Nazista. O Nazismo nunca foi Hitler sozinho, o povo alemão em boa parte foi cúmplice de uma mancha na História.

  2. Acabo de rever este grande filme, a 2ª vez depois de 2008, muito preocupado que ando com tudo o que acontece no planeta, para não dizer apenas nosso país, tenho visto tudo o que posso a respeito do nazismo na Alemanha e da 2ª Guerra, parafraseando a pergunta do poster : O que você faria na mesma situação ?…nada fácil responder isso….mas nessa minha recente pesquisa tenho encontrado várias respostas que pessoas ou grupo de pessoas tomaram em face da mesma situação. Por exemplo, como não pude deixar de me sentir horrorizado ao ficar sabendo que não houve nenhuma mulher na Alemanha ao final da guerra, dos 8 aos oitenta anos, que não tenha sido violentada sexualmente por um indivíduo ou grupo de, repetidamente !!!! Estima-se que apenas de soldados russos tenham nascidas cerca de dois milhões de crianças, oriundas dessa violência !!!! Inúmeras vezes mais que o número de soldados Russos que lá estavam… Mas outros soldados aliados, Americanos, Franceses, etc.. também tiveram sua participação… Existiram muitas mulheres judias em Berlin ao final da guerra, que conseguiram se esconder até então, para acabar sofrendo esse tipo de humilhação e violência por parte de quem elas acreditavam estar sendo resgatadas !!! Alguém teria dito : mas essas mulheres são judias ! ao que os soldados russos teriam replicado. Frau ist Frau !!!! Fiquei sabendo também de judeu que entregou inúmeros judeus à perseguição nazista na tentativa de salvar a sua própria pele . Todos sabemos também da existencia de vários cidadãos alemães, da época que arriscaram sua vida ajudando e protegendo pessoas judias…Na França de Vichy ! Klaus Barbie, o açougueiro de Lyon após o fim da guerra foi trabalhar na CIA !!! Depois foi parar na Bolivia e Peru com com ajuda dos americanos ! E o que dizer do papel do Brasil e da Argentina nesta situação ? É, o filme nos propõe esta questão : O que vocês fariam nesta situação ? E decisões são tomadas o tempo inteiro sem que muitas vezes tenhamos noção do contexto como um todo….Me incomoda muito no filme que o estudante não informa a corte que Hanna é analfabeta, iletrada, com a suposta desculpa de não beneficiar a ré…a meu ver numa esfarrapada desculpa para não revelar sua relaçao com ela e não percebe, mesmo sendo um brilhante estudante de Direito, que estava beneficiando as outras rés, provavelmente mais responsáveis que a própria Hanna e o filme ainda nos mostra como elas ainda aproveitaram a situação para jogar a maior culpa em cima da Hanna e acabaram se dando bem e provavelmente ainda estão com toda a dignidade possível a tricotar… por toda a eternidade… O filme se passa em 1969, época dos movimentos estudantis que eclodiram no mundo a partir de 1967 e que em 1968 na Alemanha teve também a manifestação da intensa indignação dos jovens alemães contra a participação dos seus pais na Alemanha nazista !!! Mas o filme retrata também o esforço do povo Alemão em tentar fazer justiça retirando de baixo do tapete toda sujeira varrida para lá após o termino da guerra, esforço que começou por volta de 1958 com o início e realização dos Julgamentos de Auschwitz retratado no também excelente filme O Labirinto de Mentiras, também mencionado, o julgamento, em O Leitor pelo professor de Direito, interpretado pelo grande Bruno Ganz ! O que você faria nessa situação ? É realmente uma pergunta essencial ! Vital ! E acredito que uma indignação moralista, falsa que nos leva a ficar atirando pedras não é o caminho para uma solução… Estas histórias sempre mostram a que níveis a a maldade, a baixeza humana podem atingir….How far would You go ? The Butterfly Effect…

    • De longe o melhor comentário. “O que você faria”? … Muitos que jogam pedras fariam o mesmo ou pior…

      No mais outros comentários… Ela deixou o menino pq percebeu que estava fazendo mal pra ele e pela mesma vergonha do analfabetismo, pois acabara de ser promovida pra trabalhar no escritório…

      E outra mandar as fracas e doentes para a morte era talvez menos pior. Estava salvando as saudáveis, o que ela poderia fazer mais do que isso ? Ela sabia do que se tratava o trabalho antes de ir ? Era fácil sair ? Questões em aberto…

      A defesa no julgamento foi inexistente.

      No encontro final o personagem Michael deveria ter esclarecido a “menina” que sobreviveu que por ser analfabeta Hanna não poderia ter escrito o relatório que a condenou por assassinato e livrou as demais guardas….

      Concordo com outro comentário. Michael não ajudou a ré por vergonha do seu relacionamento com ela.

  3. Ela sabendo ler ou não, isso não é relevante, o fato é viu muita crueldade mesmo assim compactuou e assumiu ter deixado as mulheres queimarem dentro da igreja ,não precisa ler pra saber que isto é errado .Agora é fato seu jeito sério e um tanto estranho, indicava talvez que sua criação não foi fácil mais oque ela tinha em seu coração não era nada bom afinal ela se suicidou-se

  4. Esse filme relata vários aspectos que devem ser enfatizados.
    O primeiro, ou acima de tudo é o relacionamento com o “menino”, que ao passar dos dias, Hanna pode ter se dado conta do impacto que isso estava ocasionando na vida do michel, influenciando inclusive no seu comportamento e relacionamento com seus amigos na escola.
    O segundo momento, o comprometimento representado por Hanna com o trabalho, no momento em que o menino entra no segundo vagão e ela digamos que se faz indiferente, obedecendo o que lhe era de tarefa.
    Após o aspecto que esclarece muito a respeito do que pode ter levado ela a tal situações posteriores em sua vida, se estabelece a partir do momento em que ganha a promoção de cargo para ser assistente de escritório, sob o qual a mesma admitiu não saber ler e procedeu essa reviravolta em sua vida, buscando outro trabalho, cujo dá a intender no julgamento que ela desconhecia o que iria se passar no mesmo.
    Dito isso, seu sentimento de “culpa” ficou transparente no julgamento, de tal forma que pode-se notar que as outras envolvidas deram falso testemunho e jogaram a máxima culpa sobre a Hanna, que novamente, quem sabe por sua consciência de obedecer aos seus superiores, não resgatou as 300 pessoas na igreja, sob o qual deu-se por conta do impacto disso, e não assumiu não saber ler, pois isso, poderia quem sabe diminuir sua pena, e ela conscientemente julgava seus atos severamente aceitando tal imposições feitas pela justiça e pelas próprias guardas também envolvidas, como forma de quem sabe se redimir e pagar suas ações, que para mim ficou ainda mais claro, ao momento em que a mesma suicidou-se ao saber que seria libertada, como forma de auto punição ao que viera ter feito naqueles campos de concentração nazistas.
    Mas claro, o filme nos põe a pensar diversas questões e fatores individuais que possam a ter ligação ou influência com o que veio a se passar no holocausto, bem como em outras situações extremas de guerras já vividas pela nossa sociedade mundial.
    Depois dessa, uma sugestão de filme, basicamente que todos já devem ter assistido é o filme Olga, que também retrata situações extremas de períodos conturbados e extremamente repúdios da nossa história.

  5. A minha pergunta é será possível Hanna cometer tantos crimes por vergonha sendo ela boa pessoa e com uma paixão tão intensa por jovens? Faz-m lembrar o velho ditado A VERGONHA MATA…E ao mesmo tempo sinto q ela fazia por gosto e não por vergonha ou seja era o que ela queria…ela programou isso???

  6. O que mais me chamou a atenção no filme foi a aula de direito quando o professor diz que não importa se é justo ou moral, importa é se é legal (dentro da lei). E como a lei do homem é relativa pode acontecer de algo que seja imoral, injusto e ilegal passar a ser legal através de leis, ficando de lado a moral e a justiça. Outra coisa, talvez se Hanna soubesse ler ela poderia ter feito muito pior como muitos que tinham ótima formação mas fizeram atrocidades piores como por exemplo os médicos nazistas que faziam experiências com os judeus.
    É muito complexo o assunto.
    Espero ter contribuído.

  7. O que mais me chamou a atenção no filme foi a aula de direito quando o professor diz que não importa se é justo ou moral, importa é se é legal (dentro da lei). E como a lei do homem é relativa por acontecer de algo que seja imoral, injusto e ilegal passar a ser legal através de leis, ficando de lado a moral e a justiça. Outra coisa, talvez se Hanna soubesse ler ela poderia ter feito muito pior como muitos que tinham ótima formação mas fizeram atrocidades piores como por exemplo os médicos nazistas que faziam experiências com os judeus.
    É muito complexo o assunto.
    Espero ter contribuído.

  8. Na opinião ela se matou porque com a literatura e a humildade descascou seu orgulho e tomou consciência do seu terrivel ato, teve em seu amado um companheiro que ensinou a ler e escrever, e um companheiro , que talvez nunca tenha tido na vida por isso aquele orgulho e aquela razão tão sem razão que a fazia agir daquele modo automatico e a fez tão ingênua durante o julgamente, nunca teve amigos e amigas e muitos amantes e quando ia se decepcionar ia embora. vivia sozinha em sua bolha ignorante em um mundo proprio infantil e orgulhoso, ingênuo e mecanico, e sem este contato com o outro a fez insensivel ao outro (no caso das vitimas ). Enfim acho que ela se matou porque ela trouxe toda uma vida de sensibilidade, conhecimento, companherismo e trouxe luz e amor mas também o castigo severo que toda criança deve sofrer para aprender sobre seus atos e ela muito sensivel não aguentou esta perda! Faz anos que não vejo este filme ( desculpem se viajei muito na maionese) rs

    • Talvez por ela acreditar que o cara se preocupava com ela, e que ele a ajudaria de verdade a conduzir a sua vida.m que ainda havia um pouco de carinho que ela entendeu nao haver no memento em que ele deixa a prisão. A decepção. Como disse a chefe da cadeia, foram 20 anos presos e sem nenhuma visita, la fora seria assustador. Talvez deva ser decepção com este medo. pois afinal o que ela faria do lado de fora? se antes a vida ja era triste, imagine agora.

    • Recebi muita tristeza nela quando viu que o “menino”, já home, não iria ter o mesmo relacionamento com ela… Ele não a perdoou pelo que fez, mesmo ainda a amando.
      No final do filme percebi uma lição: nunca sabemos a última vez que veremos alguém de quem gostamos.
      Ele, ao saber da morte dela, se arrependeu por ser tão frio ao reencontra-la… :(

    • Percebi muita tristeza nela quando viu que o “menino”, já homem, não iria ter o mesmo relacionamento com ela…
      Ele não a perdoou pelo que fez, mesmo ainda a amando.
      No final do filme percebi uma lição: nunca sabemos a última vez que veremos alguém de quem gostamos.
      Ele, ao saber da morte dela, se arrependeu por ser tão frio ao reencontra-la… :(

  9. Hanna era uma mulher maravilhosa que escondia o seu sofrimento de analfabeta na obediencia ao seu servidor.O seu sentimento de inferioridade pelo seu analfabetismo levava-a a cumprir ordens sem pensamento do que estaria correcto ou não.A aprendizagem feita na prisão de leitura e escrita vai-lhe criando dentro dela um sentimento de vergonha e um entendimento do mal efectuado.A sua própria forma de acabar a vida foi uma imagem de vergonha para com a sociedade.Berg na última visita em vida á prisão deveria ter tido outro gesto de amor por ela,pois ela era o grande amor dele.

  10. Vi esse filme ontem. Bonitinho, mas absurdo.
    Qual a probabilidade de uma analfabeta arranjar um emprego tão cabeludo na Alemanha de Hitler? Meio impossível.
    Quanto ao julgamento:
    -uma garota de vinte e quatro anos, que sabe bem o que o seu governo faz com gente inocente, iria correr o risco de ser responsável por trezentas prisioneiras correndo fora de controle? Nunca.
    -Também não sairia num dilúvio de bombas para salvar prisioneiras (ninguém faria).
    -Pelo menos o julgamento é factível, muitos foram crucificados até por crimes que nem ocorreram.
    Sobre a moça trabalhar como guarda:
    -além de ser mais seguro, numa ditadura, trabalhar para o governo, ainda há o prestígio.
    Sobre ela conhecer a natureza do trabalho:
    -aí já é burrice, uma operária não teria condições de supor que existiam campos de extermínio; existiam guardas sim para campos de prisioneiros de guerra (em todos os países).
    -Uma vez no campo, não creio que uma guarda teria a opção de demitir-se.
    Foram sessenta mil os guardas de campos. Eram recrutados nas cadeias entre os criminosos de menor periculosidade. Não eram da SS, eram totenkopfverbände; a SS emprestava alguns homens para monitorarem os guardas. A coisa era muito bem escondida. Quem sabia, se arrependia de ter sabido.
    E depois… se ela ia se matar… que o fizesse antes de passar vinte anos presa.

  11. Eu acho que a Hanna tinha um problema era não sofriam empatia por outras pessoas no final a menina que sobreviveu disse : ela teve consciência do mal que te fez … mas por mais que ela fosse um sociopata que abandonou o menino e nao teve pena das pessoas , ela sofreu muito pois sempre quis ter companhia mas sempre ficou sozinha por suas más escolhas …

  12. Julgar qualquer nazista, naquele tempo de guerra é muito difícil, como qualquer julgamento. é preciso se situar, sentir aquela época de guerra, em que todos deviam obedecer o regime, senão seria um traidor da Pátria. Acho que Hanna foi escolhida para cuidar das prisioneiras, não sei se sabiam se ela era analfabeta, ou não não. Mas o fato de ela saber que era analfabeta, que era difícil de encontrar um emprego na função de guarda, qualquer pessoa naquela época, não exitaria de aceitar. Mas o fato, é que ela jamais poderia pensar, era num acontecimento trágico de um incêndio naquela igreja. Na ocasião, como guarda, no cumprimento de seu dever, ainda como uma alemã
    sem instrução nenhuma, ela pensaria em abrir os portões e soltar todas as pessoas. a sua consciência no cumprimento de seu dever não tinha uma razão formada de justiça, porque estava na guerra. Muitos nazistas mataram,
    não porque tivessem tendencias criminosas, mas porque estavam cumprindo o seu dever. Se ela fosse um autoridade nazista, talvez pudesse ter salvado todas aquelas mulheres, como fez aquele nazista, que salvou com emprego milhares de judeus. Mas simplesmente, uma guarda, simples, sem poder, jamais teria soltado. O ato dela está perdoado. A culpa está no regime, nos donos do Regime Nazista. O mais bonito dela, foi exatamente ter assumido toda a culpa, não pode ser analfabeta, no seu esconderijo que ela tinha vergonha de ser analfabeta, mas na função que ela recebeu num período doloroso, que qualquer um poderia ter aceito, como também de ter feito o que ela fez,, no seu dever. Foi uma relação muito bonito e sincera de amor entre ela e Michael. Michael apagou todo o seu pecado. Quem sofreu mais não foi ela, mas Michael!

  13. Muitas pessoas procuram o segredo de seu destino ou encontrar seu objetivo na vida, mas as vezes a vida não tem objetivo para algumas pessoas. Mediante o sofrimento Hanna Shmitz acusada de centenas de mortes de mulheres durante o período do Holocausto, Hanna nunca admitiu ser analfabeta, mesmo perante a tais atos cometidos, ela nunca foi considerada uma má pessoa e sim uma pessoa que deixou duvida sobre seus atos, porem ela nunca deixou de ser amada por Michael, Hanna foi culpada mediante tribunal a prisão perpetua, porém vinte anos depois ela aprende a ler, ao receber de Michael suas gravações de um livro que Hanna tanto Gostava e dai Hanna aprendeu a ler, Hanna sempre se sentiu culpada mediante seus crimes, porém ela cometeu suicídio e deixou uma economia a Michael, bom na minha opinião Hanna Shmitz foi um mulher ignorante perante a sociedade, onde seus problemas de educação e sociabilização se agravaram, praticamente uma vida sem objetivo. Isso prova que há sujeira e mentira perante a humanidade. Que não há compaixão, mas isso mostra que mesmo a humanidade caindo em sua desgraça, mostra que ainda há pessoas puras e justas, Hanna foi amada por Michael e que nunca foi esquecida por ele.

    Homenagem ao filme “O LEITOR”.

  14. Voces já se questionaram, quem deu forças a Hitler? Como hitler e a Alemanha seriam usados para limpar a ameaça crescente ao capitalismo?
    As vezes somos viloes e após, um segundo vitimas, ou vice-versa.
    Quem pagou por tudo isso, foi o povo alemao, que foi ao inferno em 6 anos! Quantos regimes e politicas nao sao fundamentadas em açoes imorais? Mesmo nos nossos tempos?

    Esse filme me leva a refletir, se nao somos influenciados pela visâo do vencedor da segunda guerra. Atrocidades foram cometidas e ainda hoje são cometidas. Sempre temos um culpado por essa ou aquela operaçao internacional, e sempre nos sentimos que estamos do lado correto, o lado do mocinho.

    Na minha opiniao, o pior dessa historia toda, é o odio que sobrevive, por todos esses seculos! O õdio que se vinga, olho por olho, dente por dente! Até quando seremos guiados ou levados a pensar, apenas nas atrocidades, apresentadas pelo lado vencedor da WW II? Ou pelo lado que comanda o nosso mundo capistalista?

    Provavelmente, eu nao escreva e nem leia mais nesse blog, nas se quiserem levar essa conversa em frente, escrevam para meu e-mail…

    • As pessoas são cegas e só enxergam aquilos que elas querem ver, acham que é certo e quer julgar o que é certo para elas.. elas nunca vão perceber realmente a verdade.. por isso que nunca irão para frente e sim se recolher ao burocracia colocada perante elas.. adorei seu comentário especificou bastante.

  15. Sempre ouvia me pai contando sua história de como veio parar no Brasil…ele foi oficial alemão na 2 guerra(ficou prisioneiro no Norte da Afrika quando esta acabou). Com a Alemanha em ruinas…veio parar no Brasil…As vezes duvido da veracidade dos fatos que narrava…e se ele mesmo é quem dizia ser…faleceu em 2006…sem eu saber ao certo…Bom mas acredito na inocência de Hanna Schmtiz, na guerra tudo “tinha que ser feito”…A Alemanha foi o bode espiatório da Europa(q. tbm era antisemita)…meu pai contava que ajudou alguns judeus(os que não eram agiotas(minoria), pessoas que conviveu e tinha amizade), mas q. tbm acompanhou o embarque de desconhecidos nos trens alemães…sabe o que ele dizia? “Somente tinha que ser feito…”. Quantas pessoas tbm não tinham que fazer o seu serviço? O Papa Bento XVI tbm foi da juventude ritlerista…E a jovem judia sobrevivente?Será que ela fez alguma coisa para tentar salvar alguem dentro da igreja?Será que muitos judeus tbm não se acovardaram diante do perigo? Judeus famosos que fugiram para os EUA…não poderiam pedir que se levassem + pessoas…que se salvassem + vidas? Agora não adiante se fazer mais nada…o sangue já foi derramado…vidas foram ceifadas…mesmo assim todos nos temos que simplesmente viver…E com esse filme pude entender um pouco a tristeza nos olhos de meu pai…

  16. Sempre me interessei por segunda guerra mundial e ja li vários livros. Não me considero especialista,até mesmo pq seria imbecilidade da minha parte tal consideração. Porém,tenho uma sugestão: leiam o livro Os carrascos voluntários de Hitler. É um livro polêmico que trará muitas respostas,revolta e tb questionamentos para todos vocês. Minha opinião: Hannah assim como 90% dos alemães envolvidos no holocausto seja de forma direta ou indireta, calou-se. Ela cumpriu ordens sem se questionar se era bom ou ruim o que fazia simplesmente pq via aquilo como um emprego e as prisioneiras judias como extensão do seu trabalho e não como pessoas. Ela não era nem boa nem má.Apenas fez parte de uma época que desumanizou minorias como judeus,ciganos,homossexuais e etc em prol do fanatismo ou do comodismo. Seja la o que for, o mais bonito do filme e o que mais me tocou,foi o amor de Michael por ela. Espero ter contribuido com algo. Abraços !

  17. Dois mundos foram julgados, o primeiro réu Anna o segundo, todo o mundo, a verdade é essa, uma coisa bem sutil: Michael leva o dinheiro para a menina sobrevivente, entra em uma mansão luxuosa nos EUA. Ela não quis o dinheiro, ficou com a lata de chá e a coloca junto a uma foto antiga. Na verdade, quantos campos de concentração existem?
    A favela, melhor dizer, a comunidade carente não seria uma?
    Quantas Annas nascem em uma Comunidade Carente?
    Quantos tribunais são criados pela elite alfabetizada?
    Quantos Nazistas colocamos no poder ?
    Quando um “político” retira verba da saúde, quantas pessoas ele mata?
    Realmente, a Lei e a Moral são duas coisas separadas…

  18. Hanna cumpria ordens, ou mantinha-as presas ou ela ia à prisão ou coisa pior. Vão me dizer agora que foi ela quem criou e difundiu o nazismo. A diferença é que ela foi a ponta mais fraca e ingenua. Intimidada ao falar diante do tribunal e de pessoas tão cultas e acima de tudo alfabetizadas ia assumindo praticamente a culpa. Tem uma passagem que ela diz assim no tribunal ao ser perguntada se sabia que quando escolhia dez para ir pra câmara de gás ela sabia que às escolhia para a morte, ela diz: “E vocês queriam que eu fizesse o que, ao chegarem mais não cabia mais ninguém, tinham que sair algumas, queriam que fosse eu ?”
    Em todo o regime existiu a caça às bruxas e alguém tinha que pagar, assim ficava demonstrado um certo ar de justiça e parece que lá não foi diferente. obrigado

  19. Senhores, em primeiro lugar achei o filme primoroso, pode ser analisado por diversos âmbitos, juridico, social, historico. Pode-se analisar, pela ótica do garoto e de Hanna. Mas eu acho que, fica evidente durante toda a estoria é que, o quanto a falta de conhecimento , pode levar uma pessoa a ter que se submeter a praticar atos os quais, com certeza não faria. Hanna , assim como povo alemão e principalmente os 6 milhões de judeus, e tantos outras pessoas que pereceram nas mãos dos nazistas, são vítimas das circunstâncias, de pessoas que usaram, a miseria , a ignorancia , o desespero, para alcançarem o poder. Não esqueçam que o povo alemão, sofria as consequencias da recente 1ª guerra, e o que mais une um povo é um objetivo em comum, isso é classico. Achei muito interessante, o ponto de vista do garoto, principalmente, quando seu colega indaga , porque ninguém fez nada. Bem, nem a própria Igreja Católica, fez alguma coisa. Os próprios aliados, só enfrentaram Hitler e o eixo, quando estes ameaçaram invadir a Inglaterra, e tomaram conta de grande parte da Europa. Querem dizer, que com todo o sistema de espionagem , não sabiam o que estava acontencendo, dentro dos países invadidos, o confisco de bens e extermínio de judeus? Senhores, não sejamos ingenuos, a necessidade tanto intelectual bem como fisica, é uma alavanca . A miséria cega, traz consigo toda a podridão humana. Foi isso que vimos, no filme, uma mulher que por falta de esclarecimento, não objeta no cumprimento de crueis ordens , mas capaz de amar e, um garoto , puro que se vê obrigado a encarar uma alemanha, cheia de ressentimentos e culpas, após um dos mais cruéis capitulos da história humana .

  20. Olha, sou bacharel em história e na minha opinião se analisarmos tudo que aconteceu naquela epoca, nao acho que Hanna Schmitz seja merecedora de “repulsa”. Pois, imaginem voces com duas opções onde sempre teria que sofrer as conseguencias sejam elas poucas ou muitas. primeiramente, devido ser analfabeta ela tinha vergonha disso, muitas pessoas pelo o mundo todo tem vergonha disso. e se eu fosse analfabeta e nao tivesse uma sombra de oportunidade tambem me sentiria envergonhada, porque o que uma pessoa que nao tem a capacidade de escrever o proprio nome pode sentir? no entanto, naquela epoca o que ela poderia ter feito com relaçao as prisioneiras da igreja, se nao deixa-las queimar? afinal, se ela as libertasse todas fugiriam, e o que aconteceria com hanna? ela trabalhava como guarda num campo de concentraçao NAZISTA, o que significa que ela seria fuzilada assim que chegasse aos ouvidos do “poderoso chefao Hittler”. voces libertariam desconhecidas no qual durante boa parte da vida ouviu dizer que eram criminosos todos os judeos por causa do maldito preconceito alemao? TENHAM PIEDADE, VOCES NAO DARIAM SUAS VIDAS ASSIM. PARA MIM A HANNA É INOCENTE EM TUDO QUE FEZ, EU A DEFENDERIA COM A MINHA VIDA. MALDITO SEJA O HITTLER PORQUE A CULPA DE TUDO QUE ACONTECEU COM A ALEMANHA É DELE E DEMAIS NINGUEM. SE ELE NAO FOSSE UM EMO IDIOTA NADA DISSO TERIA ACONTECIDO. HANNA É INOCENTE, INOCENTE E INOCENTE.

    • No sonno pais, HOJE, o Estado responde pelos danos que seus agentes NESSA QUALIDADE causarem. O que a torna mais inocente. Apenas cumprindo ordems. Sem pensar que ela nao estana naquele momento servindo ao nazismo, ela estava servindo a Alemanha, ao governo que estava no poder.

  21. acho que se ela soubesse ler e escrever, tinha aceite a promoção, e deixado se levar com o miúdo, é me dificil por no lugar dela porque aprendi a ler e a escrever, é preciso empatia, pra perceber o que hanna sentiu, por nao saber ler, o facto de ela ser muito fechada, e muito pratica, a vida dela era vivida numa rotina inabalavel, era muito sensivel, mas todos esses sentimentos viviam dentro de si……

  22. Este é um filme sobre a ignorância. Não apenas a ignorância de não saber ler, mas também a de fazer escolhas erradas por não saber relacionar uma informação com outra, a de fazer julgamentos superficiais, a de seguir um objetivo, sem refletir sobre os caminhos que levam até ele.
    No filme, o nazismo, a guarda nazista analfabeta, é apenas uma personagem que pode muito bem ser transportada para os dias de hoje, em situações do nosso próprio cotidiano.
    Estamos à mercê das exigências de mercado, buscamos oportunidades pra crescermos pessoal e profissionalmente e, a maioria de nós, não pensa mesmo nas conseqüencias daquilo que faz.
    Quantos jovens não sonham em trabalhar em uma grande empresa, independentemente do que ela produz. Podem ser coisas ‘do bem’, mas também podem ser coisas ‘do mal’. E ninguém se importa. O importante, é o cargo, o salário…
    Esta é a nossa ignorância. O tempo todo julgamos e apontamos os erros dos outros, mas não assumimos a pr´pria responsabilidade diante de nossas próprias escolhas: algumas acertadas, outras erradas – na hora errada.
    No filme, o fato de Hanna Schmitz não saber ler, é apenas uma faceta do anafabetismo.

  23. É uma questão de tempo que as coisas ganhem a repulsa e sejam criminalizadas. Talvez um dia estejamos falando aqui de coisas que hoje sejam reflexos de nossos trabalhos e do “cumprimento da lei”. O que o filme aborda é exatamente essa questão: a lei e a moral andam juntas? O mais incrível é que, na busca por culpados, Hanna tenha sido julgada por um ato que, à época da sua execução, fosse legal – embora absurdo.

  24. Eu vejo a Hanna como uma mulher sofrida e solitária, provavelmente uma camponesa que encontra-se há muito afastada de sua família e da vida simples que conhecera no passado. Vive sozinha, enfrentando as dificuldades de um tempo de guerra, ressentida e envergonhada pelo seu analfabetismo e rudeza, que nada combinam com sua alma sensível que consegue comover-se tão facilmente com o mundo dos romances e da literatura. Penso que este filme, acima de questionar os crimes cometidos por todos aqueles envolvidos no atos do nazismo, fala dos efeitos que a ignorância pode causar a um ser humano e aponta, na figura de Hanna, para um dado triste: a ignorância faz com que as pessoas aceitem o sofrimento e sejam conduzidas facilmente, podendo até cometer crimes que, em sua baixa capacidade crítica, seriam vistos como necessidade. Quanto à atribuir culpa ou não à personagem penso que ela própria encarregou-se de seu julgamento e punição. Seu sentimento de culpa cresce à medida em que aprende a “ler” o mundo ao seu redor. Primoroso roteiro, excelente filme, em minha opinião.

    • Achei perfeita a Opinião da Katie

      ( Quanto à atribuir culpa ou não à personagem penso que ela própria encarregou-se de seu julgamento e punição. Seu sentimento de culpa cresce à medida em que aprende a “ler” o mundo ao seu redor. )

    • tirado a análise do seu passado que em nada deixa transparecer no filme, gostei muito de sua análise. E acrescentaria tbm a posição do “Garoto”. De um lado temos a analfabeta sofrida Hanna, do outro temos o letrado Berg que também se calou na hora que poderia fazer q diferença. A meu ver, a realidade atual. Nos silenciamos perante tantas injustiças, seja por vergonha de parecer dividir a mesma opinião quando a maioria condena, seja por ódio, seja por qual la for a razão. Por que ele não se opôs a condenação de Hanna? Hara mim, um um ao comparável ao de Hanna em não abrir os portões. Embora o filme não esteja entre os meus favoráveis devido a condução que foi levado, achei fraco. Ainda assim gostei por nos levar a reflexão e debate. Pra concluir, acho que se Hanna soubesse ler, a analisar a personagem, ela poderia não ter chegado aos campos de concentração. Por que? porque ela poderia ter aceito a promoção e tudo ser diferente. Se ela soubesse ler, talvez ela nem teria se envolvido com o garoto, pois poderia ter um pouco mais de malícia. enfim, sempre suposições, o tal E se? Acho que ela se matou não por vergonha. MAs por ter se decepcionado com o garoto. Este que ela pensou se preocupar com ela. Mas ao percebe no dia da visita que tudo não passava de que ela so tinha dó dela, e não um carinho; a frieza com que ele a tratou, ela percebeu que do lado de fora a vida seria a mesma desgraça que era antes, ou talvez ainda pior, pois tantos anos se passaram sozinha. Já o Berg, acho que a culpa demorou para cair. Ele já tava bem velho quando resolver enviar as fitas para ela. Sabendo que ela adorava que alguém lesse pra ela , por que não o fez antes? E isso é o que me intriga. Mesmo que no encontro com a filha do campo de concentração ele deixa transparecer o estrago que ela fez na vida dele, não ficou claro que estrago foi este. Seria uma mistura de ódio com amor? No tribunal ele percebeu que ela tinha vergonha em ser analfabeta, sofreu com sua condenação, mas só depois de anos resolveu entrar em contato, e quando ela descobre quem é e lhe envia cartas ele nunca a respondeu? É muito confuso. Enfim, acho que isso é igual teatro, cada um interpreta de um jeito, e só o autor para falar o que de real era pra ser. mas nunca falará. pois é o debate que vende. então neste sentido, oscar para o filme. rs . quanto a isso tbm alguém ai em cima disse que a kate, em parceria com o garoto, poderia ser considerada coadjuvante… nunca. Ela foi foda do início ao fim.

  25. Charles, mas acho que a Hanna era orgulhosa até demais…

    Brenno
    , exatamente! Apesar de tudo que a Hanna fez, é quase que impossível não sentir algo por ela!

    Kamila
    , eu até hoje não consigo me decidir se ela faria ou não o que fez caso soubesse ler. E, mais uma vez, obrigado por outro selo =D

  26. Eu acho que a Hanna, se soubesse ler, cometeria, sim, os mesmos crimes. Ela foi clara, em seu depoimento: ela cumpriu ordens, independente de achar aquilo certo ou errado.

  27. A HANNAH FOI CONSTRUÍDA DE UM JEITO EM QUE INDEPENDENTE DO QUE ELA FIZESSE, NINGUÉM CONSEGUIA NÃO GOSTAR DELA. QUANTO SABER SE ELA É CULPADA OU NÃO, EU ACREDITO QUE A SUA FALTA DE INTELECTUALIDADE A LEVOU A COMETER O CRIME E SE SENTIR SUBMISSA E AMEDONTRADA DEMAIS NO TRIBUNAL AO PONTO DE POSAR COMO UMA POBRE COITADA E QUIETINHA SEM MUITO O QUE DIZER; AS OUTRAS ACUSADAS APARENTEMENTE MAIS INTELIGENTES, NÃO PENSARAM DUAS VEZES E A INCRIMINARAM.

    ÓTIMA DISCUSSÃO

    ABRAÇOS

  28. Olá Matheus. Pelo que pude compreender do filme a ignorância de Hannah Schmitz é usada como bode expiatório pelas outras condenadas para que ela levasse toda a culpa. Por ser tb orgulhosa, ela preferiu pena perpétua à ser vista como uma frívola analfabeta. É claro que ela não era nenhuma inocente, mas acredito que ela não teve muita escolha, assim como muitos alemães que tiveram que colaborar com o Nazismo para salvar a pele. abs.

  29. O Cara da Locadora, outra cena que mostra que Hanna cumpria exatamente o que lhe era designado no trabalho é naquele momento do tribunal, quando ela diz que não salvou as mulheres porque estava fazendo o trabalho dela, ou seja, deixar as prisioneiras presas…

    Mayara, mas o que fica na minha cabeça é: por que ela aceitou logo aquele emprego terrível?

    Vinícius, apesar de eu não tomar partido, tenho tendências a acreditar que ela é culpada, uma vez que ela podia muito bem ter feito outras escolhas…

  30. Para mim ela é definitivamente “culpada” (se essa é a palavra mais correta a ser utilizada, não sei), independente das circunstâncias que a levaram a cometer tais atos. Isso não significa, contudo, que não possamos ter algum tipo de sentimento pela personagem bem como o garoto possuía.

  31. Realmente, é um personagem que acaba fazendo com que fiquemos com raiva ou com pena dela. Pode ser que se ela estivesse se alfabetizado, com certeza, ela não teria se envolvido neste tipo de ato.

    P.S.: Tem um selo para você lá no blog. ;)

  32. Um questionamento, em tempos de guerra, é culpado o soldado que mata ou o oficial de patente maior que ordena a execução? A minha opinião é que a Hanna estava somente cumprindo ordens e houve uma necessidade de se achar culpados para o holocausto. Derrepente a corda partiu do lado mais fraco…

    • caro jean, se quer mesmo saber quem é o culpado o soldado ou a patente maior, procure por “o ultimo discurso” de Charles Chaplin, leia-o e entendera. note que no texto haverá também uma hana, porem se trata de hana arent filosofa, leia um pouco sobre ela e entendera “muitas” coisas a mais, ate

    • Todos que participaram do Holocausto são culpados, desde o maquinista do trem até ao mais alto escalão da SS. Ubiratã.

    • Não precisamos ir muito longe. Pensemos nas rebeliões dos dias atuais no Brasil mesmo. Quando os policiais partem para cima dos manifestantes sem saber se haverá machucados ou não, mesmo que tenha sido o governo a dar a ordem, o soldado tbm é culpado. EU costumo parti do seguinte pressuposto: tudo é uma questão de escolha (em algumas guerra a pessoa que se voluntaria, em outras é obrigado.) mas em ambos os casos ela pode escolher. No Brasil, o soldado que nao concordar com partir para cima dos manifestantes, que peça conta. na guerra você também pode decidir não partir para o confronto, o que te levará a prisão. Mas o que você preferiria°? ir preso ou matar centenas? No Brasil, prefere ficar em o salário ou partir para cima dos “Vândalos? Enfim. tudo é uma questão de escolha. Escolha esta que para um analfabetos ou pessoas sem instrução é difícil por ja saber que a corda sempre estoura para o lado mais fraco. Já para o letrado, uma escolha difícil porque mexe com o ego. Sabe que de alguma forma a sociedade tbm o condenará.

  33. Cara, interessantíssimo essa análise, nós (que analisamos filmes, rs) por vezes acabmos nos perdendo em formas de atuação, em sutilezas da direção e paramos de pensar no porquê disso tudo, no sentido real dos personagens fazerem o que fazem.. Eu não sei o que sentir pela Hanna, acho que é uma personagem fascinante, seu senso de dever era uma coisa absurda (o trabalho dela é como a vida, e ela o faz com a alma… tanto que fica muito chateada qndo o Michael vai no trem atrás dela)… Mas daí a matar pessoas? Não sei, má ela não era, mas num era uma pessoa normal… Hum, acho que devaneei e não cheguei a nenhuma conclusão e acho que são esses eternos debates que fizeram esse filme se tornar essa obra prima…

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