Direção: Marc Forster
Elenco: Khalid Abdalla, Atossa Leoni, Homayoun Ershadi, Zekeria Ebrahimi, Shaun Toub, Nabi Tanha
The Kite Runner, EUA, 2007, Drama, 124 minutos, 14 anos.
Sinopse: Depois de passar anos na California, Amir (Khalid Abdalla) retorna para a sua cidade natal, no Afeganistão, para tentar corrigir erros do passado. Ele também terá de ajudar o filho de seu amigo de infância, que está com sérios problemas.
Estranho. Achei o filme e o livro de O Caçador de Pipas totalmente diferentes. Eu não deveria ter essa sensação, uma vez que o filme de Marc Forster é plenamente fiel ao best-seller de Khaled Hosseini. Falando em Marc Forster, ele prova aqui que a palavra ”versatilidade” lhe cai muito bem, pois realiza um de seus melhores trabalhos como diretor. A produção é meticulosamente cuidadosa em todos os seus setores e especialmente na primeira hora do filme, que retrata a infância do protagonista. É nessa parte também que o filme funciona melhor, onde é mais sentimental, emocionante e verossímil. A adaptação teve pleno êxito nos primeiros momentos, que realmente ficaram muito interessantes.
Já a segunda hora e os momentos finais não conseguem conquistar, já que tudo é muito vazio e sem sentimento. De uma certa forma, a adaptação do best-seller é digna e consegue traduzir muito bem todo o espírito que o escritor Khaled Hosseini transmitia em sua obra, mas não consegui me sentir confortável com a história e muito menos me emocionar.Não é um produto comercial e gostei bastante disso. Em momento algum notamos que o filme quer apenas “ganhar dinheiro”, muito pelo contrário, tudo parece ter sido feito com amor ao livro. O fato é que eu li a história faz bastante tempo, então a versão cinematográfica não teve tanta graça porque eu já sabia tudo o que estava por acontecer.
A trilha sonora de Alberto Iglesias, que foi indicada ao Oscar, é ótima, mas de maneira nenhuma oferece riscos para a melhor trilha desse ano: a de Dario Marianelli, em Desejo e Reparação. O desconhecido elenco de O Caçador de Pipas realiza um trabalho surpreendente, todos excelentes, principlamente o elenco mirim e o protagonista Khalid Abdalla. Um filme nada mais que satisfatório, sem ousadias ou novidades. Em termos de adaptação está ótimo. Só faltava ser um pouco mais contundente como cinema…
FILME: 7.0
Amei! Quem disse que críticos sabem de tudo. Críticos somos nós o público. Já assisti tres vezes e sempre me emociono, choro mesmo. Grandes atores e os mirins então. 10
achei o livro muito mais emocionante do que o filme. o livro nos trás uma sensação diferente ele nos faz viajar nele nos faz sentir como se fossemos os personagens e o filme mostra todo o sofrimento chega até ser chocante .prefiro o livro pois ele me comove muito mais e eu já o li livro 2 vezes e adorei foi um dos melhores livros de 2008.
Adorei o livro, não conseguia para de ler ,quando estreou em Campinas fui logo assistir ,tanto o livro como o filme me emocionou muito, fico triste em saber que ele não ira concorrer ao oscar. mas o que vale foi sua mensagem ,Não Roubar….
Abraços!!!!
O livro vai bem até a primeira metade, depois vai caindo até se perder totalmente. Com filme deve acontecer o mesmo, não?
Abraço!!!
Ainda estou pensando se devo ou não ver o filme antes de ler o livro “O Caçador de Pipas”. Mas espero por uma boa surpresa, caso opte por ver o filme de Marc Foster nos cinemas.
Não gostei do filme. Para mim, faltou emoção.
Abs!
Não li o livro, por isso não sei até que ponto foi bem adaptado, mas o que vi na telona foi o suficiente para me afastar do livro. Apesar da primeira parte boa, quando há o salta no tempo o filme só despenca.
Como não havia “lido” o filme, gostei. Me pareceu um PERSEPÓLIS afegão
“Não é um produto comercial e gostei bastante disso. Em momento algum notamos que o filme quer apenas “ganhar dinheiro”, muito pelo contrário, tudo parece ter sido feito com amor ao livro.” Gostei demais dessa parte!
Foi exatamente essa falta da pieguisse hollywoodiana que me fez gostar muito desse filme, que me emocionou em duas cenas muito bem elaboradas por um diretor que, como você mesmo disse, traz a versatilidade como marca, junto com o ar fantasioso que boa parte de suas produções ganham.
PS: Wally, o Pablo (Villaça) tb comparou o filme com “Desejo e Reparação” ^^
Como sabe, adorei o filme. Não só me tocou e me emocionou onde o livro não conseguiu (no livro fiquei apenas chocado), mas considero contundente cinema. Toca em temas importantes, faz um estudo de personagem sensacional e emociona, até fascina. Belo visual e parte técnica. E concordo com o Weiner, fico feliz que não sou a única pessoa que concorda que existem semelhanças entre Atonement e Pipas.
Nota 9,0 ****
Ciao!
Até agora não compreendo o motivo pelo qual “O Caçador de Pipas” ficou fora da disputa por roteiro adaptado no Oscar. E concordo quando chama Marc Foster de “versátil”; é só observar seus últimos trabalhos: “Mais Estranho que a Ficção”, “A Passagem”, ” Em Busca da Terra do Nunca”, e “A Última Ceia”. Dia desses fiquei pensando em como o roteiro do filme se parece com “Desejo e Reparação”. Sei lá, essa coisa de salvar da morte iminente o filho de um grande amigo do passado, me lembrou Briony tentando consertar as desgraças que cometeu com o destino de Cecilia no filme de Joe Wrigth (outro esquecimento imcompreensível no Oscar de direção).
Matheus, gosto muito do livro “O Caçador de Pipas”. Quero muito assistir a esta adaptação, mas o filme ainda não estreou por aqui. De qualquer maneira, gostei de saber que o filme mantém os aspectos principais da obra. Pode ser que o respeito em excesso ao livro tenha sido prejudicial ao filme, então?