Melhores de 2007 – Ator Coadjuvante

Melhor Ator Coadjuvante

Casey Affleck, por O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford

Logo quando foi lançado, O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford atraía atenções apenas para o aguardado desempenho de Brad Pitt, que venceu o Festival de Veneza na categoria de melhor ator. Contudo, ninguém previu que Casey Affleck iria roubar a cena completamente. A mistura de ingenuidade e ambição do covarde Robert Ford do título é expressa de forma impecável pelo ator, que arrasa no papel e deixa Brad Pitt muito ofuscado.

OUTROS INDICADOS:

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Jackie Earle Haley, em Pecados Íntimos. De todos os personagens desse ano, o pedófilo de Pecados Íntimos é, sem dúvida, o mais difícil. O personagem exige uma certa generosidade do espectador, que dificilmente vai conseguir entendê-lo e aceitá-lo. Sabendo dessas barreiras com o público, o competente Jackie Earle Haley utilizou um desempenho contido nos momentos certos e explosivo nos mais impactantes. Disputando o “palco” com a soberba Kate Winslet e com o surpreendente Patrick Wilson, Jackie não ficou atrás, muito pelo contrário – mostrou incrível potencial e talento. Não é um estilo de atuação que particularmente me agrada, mas não posso deixar de reconhecer tal excelência.

Djimon Houson, em Diamante de Sangue. O africano Djimon Houson já havia demonstrado ser um excelente ator por conta de seu ótimo desempenho em Terra de Sonhos. Aqui em Diamante de Sangue ele reforçou sua excelência e apresentou o desempenho que ficou praticamente o ano inteiro como o melhor coadjuvante, sendo ultrapassado apenas no fim do ano por Casey Affleck. Djimon é a emoção do longa e consegue ser muito melhor que Leonardo DiCaprio. Foi merecidamente indicado ao Oscar por sua atuação e merecia ser o vencedor, sendo bem mais marcante que o próprio vencedor da categoria, o veterano Alan Arkin, por Pequena Miss Sunshine. Mas um dia Djimon deve chegar lá.

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John Travolta, em Hairspray – Em Busca da Fama. É muito errado da parte de quem diz que a interpretação de John Travolta só ganha contornos cômicos por causa da maquiagem, que o tornou bizarro. Os trejeitos e o tom de voz que o ator criou o transformaram em um personagem curioso e pra lá de divertido, o que mais chama a atenção no delicioso musical. Sua participação é grande e é uma das principais apostas do filme para conseguir indicação ao Oscar. Caso obtenha uma nomeação, será merecido, pois fazia bastante tempo que Travolta não entregava um desempenho tão excelente como esse. Emergindo de grandes tragédias, ele conquistou como Edna Turnblad.

Tom Wilkinson, em Conduta de Risco. Sempre tive muito respeito por Tom Wilkinson, que arrasou em seu memorável papel em Entre Quatro Paredes e conseguiu dar vida a um filme com pouco charme, Mentiras Sinceras. Seu papel nesse Conduta de Risco é de certa forma bem limitado se comparado as presenças de Tilda Swinton e George Clooney, mas Wilkinson aproveita cada minuto do seu tempo em cena, conseguindo alcançar um ótimo desempenho que não deve em nada para os seus companheiros de cena em nenhum momento. Mais uma prova da grandiosidade desse excelente e subestimado ator, que ainda não teve seu merecido reconhecimento por conta da crítica.

Outros destaques de 2007: Alfred Molina (O Vigarista do Ano), André Ramiro (Tropa de Elite), Brad Pitt (Babel), David Strathairn (O Ultimato Bourne), Dustin Hoffman (Mais Estranho Que a Ficção), Michael Sheen (A Rainha).

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