Melhor Montagem
– Babel –
Babel. Em um filme como Babel, onde várias histórias paralelas são contadas ao mesmo tempo, uma boa montagem é essencial para um desenvolvimento claro das tramas. Felizmente, a edição do filme de Alejandro González Iñárritu foi incrivelmente bem-sucedida, com tomadas simplesmente brilhantes; todas as histórias se intercalam com grande êxito, onde a narrativa nunca perde o ritmo entre elas. Apesar de ter grandes concorrentes esse ano, como O Ultimato Bourne e Diamante de Sangue, Babel se sobressai. Se o filme já não é tão brilhante, ao menos consegue conquistar nessa categoria e também na madura direção.
OUTROS INDICADOS:
Diamante de Sangue. O setor técnico desse filme de Edward Zwick é ótimo; tanto que recebeu 3 respeitáveis indicações ao Oscar. De todo o conjunto, o que eu mais aprecio, acima de tudo, é a ágil edição, que caiu como uma luva para essa movimentada história repleta de ação, correrias, explosões e tiroteiros.
O Ultimato Bourne. Os filmes de ação sempre tem a sua edição favorecida por causa de seu gênero. Mas não é apenas por causa disso que a montagem de Ultimato é uma das melhores do ano. Em sintonia com a excelente direção de Greengrass, tornou o último capítulo da saga de Burne o melhor deles.
Cartas de Iwo Jima. Repleto de tomadas brilhantemente dirigidas, as cenas se intercalam com uma correta, porém competente montagem, que consegue se destacar nas melhores do ano, ainda que fique nas mais fracas. O filme de Eastwood não funciona tanto como um drama, mas é brilhante em seu lado técnico.
Ratatouille. Por falta de um concorrente mais forte (até porque não vi vários filmes desse ano), Ratatouille entra nessa lista, mas nem por isso sem méritos. As aventuras do ratinho Remy não seriam tão interessantes se a montagem não fluisse tão bem. Ágil e minimalista, deve se orgulhar de sua competente edição.