
Recentemente publiquei aqui no blog que conferi um documentário sobre a atriz Marlene Dietrich. Pois bem, essa semana tive o prazer de ser convidado a assistir uma peça que narra um fictício encontro entre a cultuada atriz e a famosa cineasta alemã Leni Riefenstahl. A história se passa em 1992 quando Dietrich, já debilitada pela idade, recebe a visita de Leni, que pretende fazer o último filme de sua carreira com a atriz.
Estrelando Araci Esteves como Marleni Dietrich e Ida Celina Weber como Leni Riefenstahl, o espetáculo Marleni conta com a direção de Liliana Sulzbach e Márcia do Canto. Mais do que um trabalho de duas excelentes atrizes, a peça também tem como grande atrativo o texto de Thea Dorn. A encenação é uma reflexão sobre a vida, sobre sucesso e sobre frustrações.
O mais interessante que existe nesse encontro fictício é a dualidade de personalides que vemos em cena. Enquanto Dietrich vive puramente do passado e despreza a sua atual situação, Leni ainda anseia por momentos de glamour, especialmente porque acha que a parceria com Dietrich em seu novo filme pode trazer as duas de volta para o estrelato.
Certamente não é uma peça para qualquer público, já que são 80 minutos ininterruptos de puro diálogo – todos eles no mesmo cenário. Mas são divagações interessantes sobre saudosismo e sentimentalismos, que são interpretados com grande precisão e carisma pelas duas ótimas atrizes em cena. Marleni aposta na simplicidade de seu conjunto e acerta no seu resultado.
ps: deixo aqui o meu agradecimento para a diretora Liliana Sulzbach, que gentilmente me cedeu um convite para assistir ao espetáculo.
Kamila, eu vou muito pouco ao teatro. Primeiro porque poucas produções chegam por aqui e segundo porque é sempre muito caro. Mas acho sensacional a arte teatral!
Vinícius, eu fiquei mais curioso ainda por elas depois da peça!
Pelo que você comentou aqui, a peça parece ter um ótimo texto e o tema central é realmente muito interessante. Certamente fiquei mais curioso pelas duas personagens…
Matheus, que legal. Faz tempo que não vou ao teatro, mas acho que iria gostar de conferir esta peça.